segunda-feira, 29 de dezembro de 2008

Seguros de Viagem

Uma das providências importantes para uma viagem tranqüila são os seguros de vida e de saúde. Nas oportunidades em que viajamos ao exterior sempre priorizamos este detalhe no planejamento. Para as viagens à Patagônia não foi diferente. Conheço alguns amigos que, ou por desconhecimento, ou até mesmo negligência, não fazem seguros. Alguns pensam que sai muito caro!!! Considero esse entendimento uma temeridade, pois qualquer necessidade médica no exterior poderá ter custos altíssimos se comparado com os preços de um seguro saúde.

Outro detalhe que pode ser até mórbido para certas pessoas, mas que para mim não tem esse significado, são os casos de doenças graves e morte. Diz um sábio provérbio budista que nunca sabemos o que esperar, se o próximo dia ou a próxima vida! Ora, se o sujeito está no exterior e adoece gravemente ou morre, sem o amparo de um seguro, vai deixar um bando de familiares enlouquecidos e desesperados sem ter como acompanhar o doente ou repatriar o corpo!!! Ou vai fazer com que a família fique sofrendo ainda mais, pedindo “penico” ou implorando pela caridade de algum governante assistencialista. Tenha a santa paciência!!! Mais um detalhe, praticantes de esportes radicais devem fazer seguros especiais, pois os seguros comuns não possuem a cobertura para estas atividades esportivas.

Bom, e se o sujeito não tem grana, mesmo?! Bem, para questões de saúde é possível resolver com o atendimento médico prestado nas redes públicas, pois existem acordos nesse sentido entre o Brasil, Chile e Argentina. Mas para obter o benefício é importante estar habilitado. Reproduzo aqui algumas orientações divulgadas numa página confiável da Internet.

Acordos garantem assistência médica na rede pública no exterior.


O viajante brasileiro segurado pelo INSS e sua família têm direito a atendimento médico nos sistemas da rede pública de nove países: Argentina, Cabo Verde, Chile, Espanha, Grécia, Itália, Luxemburgo, Portugal, Uruguai. Este direito é garantido por acordos internacionais de Previdência Social, assinados entre o Brasil e os países citados.

O benefício ainda é pouco conhecido dos brasileiros. De acordo com informações do Ministério da Previdência Social, pouco mais de dez mil brasileiros fazem uso do benefício anualmente em países com os quais o Brasil mantém convênio.

Para ter acesso ao atendimento gratuito no exterior, o turista terá que obter, antes do embarque, o Certificado de Direito à Assistência Médica Durante Estadia Temporária, que pode ser obtido na representação do Departamento Nacional de Auditoria do SUS, do Ministério da Saúde, em cada estado. Para saber a localização desses departamentos, basta ligar para os telefones (61) 448-8372, (61) 448-8374 e (61) 448-8376. O interessado deve considerar um prazo variando entre dois ou três dias para a entrega do certificado, dependendo do departamento de cada estado. É necessário apresentar o passaporte e os três últimos comprovantes de contribuição ao INSS (guias de recolhimento da Previdência Social ou carteira de trabalho e os três últimos contra-cheques). Para obter o certificado dos dependentes, apresentar certidão de casamento e de nascimento dos filhos. O certificado é gratuito.

O atendimento médico, seja para estrangeiros no Brasil, ou brasileiro no exterior, será feito por médicos e hospitais da rede pública de saúde. O viajante deverá se dirigir a um dos hospitais da rede pública no país onde estiver, tendo em mãos o certificado emitido no Brasil.

quinta-feira, 25 de dezembro de 2008

Uma referência carinhosa do blog Recortes de Viagem!

Ficamos muito felizes com o comentário postado no blog Recortes de Viagem, da Jornalista Rosane Tremea, a respeito da nossa viagem ao Deserto do Atacama. Reproduzo abaixo para registrarmos essa referência e guardarmos em nossa "memória digital"!!!

Segunda-feira, 22 de dezembro de 2008

Dos jeitos de viajar

Recebi um e-mail querido de um leitor do blog, que reproduzo abaixo. O Evandro e a Márcia mandaram com o e-mail uma foto tirada no DESERTO DO ATACAMA, no Chile, que deve ser um dos meus próximos destinos. Segue o texto enviado pelos dois, a quem desejo Feliz Natal e muitas viagens:

"Gostei muito do teu blog e senti uma grande identificação com a maneira que tu encaras o viajar. Então, tive o impulso de enviar uma foto significativa para mim e para minha esposa. Depois de 12 dias de viagem automobilística pelo norte da Argentina e Deserto do Atacama (Chile,em outubro de 2007), começamos o nosso regresso para Porto Alegre. Na partida de San Pedro, registramos um último instante. Montei minha câmara aos pés do imponente vulcão que marca a paisagem e disse em pensamento: 'Adeus, Licancabur!?' A saudade já começava a bater. Foi uma ótima viagem para nós!"



Foto: Arquivo Pessoal

O Evandro e a Márcia têm um blog muito bacana: http://viajandopatagonia.blogspot.com/

Rosane Tremea

domingo, 21 de dezembro de 2008

Presentes de dois amigos patagônicos



Recebemos um grande presente do nosso amigo hamburguense, Elton Warken. Uma série de revistas turísticas da Argentina, “Lugares”, e um “Guia YPF da Patagônia e Antártida Argentina”. Esses materiais serão de grande utilidade para a definição das programações nas próximas viagens para a Patagônia! Realmente são ótimos presentes.

Também não posso deixar de registrar o presente do grande amigo taquarense, Fernando Willrich, que de sua última viagem em outubro de 2008, acompanhado de seu pai, Arcínio Willrich, nos trouxe de presente a revista “Recorriendo La Patagonia”, que traz excelentes matérias sobre as “lejanías australes”! Gostei muito da dedicatória do amigo, mencionando que eu carrego no peito um “coração patagônico”!!! Que beleza!

sábado, 13 de dezembro de 2008

Gauchito Gil: o protetor das viagens patagônicas!!!






Não sei se fomos nós que o escolhemos como protetor das viagens, ou se foi ele que nos escolheu como os seus protegidos; o certo é que, depois das viagens realizadas pela Patagônia e pelo Atacama, criamos uma identidade com o santo popular Gauchito Gil. Como brasileiros do Rio Grande, a simpatia pelo santo gaudério foi imediata, logo depois que conseguimos decifrar o significado daqueles intrigantes santuários, com as capelinhas e flâmulas vermelhas, espalhados nas beiras das estradas da Patagônia e noutras regiões da Argentina.
Para reforçar essa simpatia natural, no ano de 2007, quando viajamos para o Atacama, ao atravessarmos a Província de Corrientes, literalmente “demos de cara” com o Gauchito na Ruta 123, nas proximidades da cidade de Mercedes. Rumávamos na direção da capital Corrientes, quando então passamos reto por um modesto casario na beira da estrada, um casario de cores vermelhas, bandeiras, barraquinhas, muitas pessoas circulando, vários carros estacionados ... curioso, muito curioso, no mínimo. Falei com a Márcia e decidimos dar a volta para ver do que se tratava. Marcamos um ponto, pois no local existe uma importante manifestação cultural da fé popular na Argentina!
Naquele ponto está localizado o túmulo do Senhor Antonio Gil Nuñez, o Gauchito Gil, em formidável templo popular para homenagem do santo, que é visitado por milhares de pessoas todos os anos, pagadores de promessa, romeiros e, é claro, viajantes, como nós, que pedem a proteção do santo nas viagens pelas “rutas argentinas”. A partir daquele dia passamos a carregar uma fitinha vermelha, amarrada no espelho retrovisor, em homenagem ao protetor das nossas viagens patagônicas!!!
Nas fotos, o Santuário do Gauchito Gil, na Província de Corrientes, e depois o amigo Fernando, às margens da Ruta 3, na estepe patagônica, junto de uma modesta capelinha do santo.

domingo, 7 de dezembro de 2008

Mapas das “Rutas”


Os mapas são essenciais para se fazer uma boa viagem rodoviária. A não ser que você seja um excepcional conhecedor do trajeto nas estradas. Não é o meu caso; portanto, adoro meus mapas!
Para fazer o esboço da Patagón I, II, III e Inti & Killa (Deserto do Atacama) eu utilizei o Guia Quatro Rodas do Mercosul, pois seu formato permite uma visualização excelente da região, ainda que não apresente um detalhamento maior, em função da escala que se faz necessária para abranger todo o Mercosul. Depois surgiu um refinamento tecnológico com o uso do Guia YPF 2005 – Argentina, que além de apresentar um livro com diversos mapas das regiões do país e das principais cidades, vem com um CD interativo através do qual é possível instalar um programa de computador, “desenhar” e imprimir os trajetos a partir dos pontos de início e término da viagem. Outra ferramenta cartográfica de ótima qualidade é o Guia Quatro Rodas Rodoviário – 2007, com abrangência do Brasil, Argentina, Uruguai, Paraguai, Chile e Bolívia. Assim como o Guia YPF, permite traçar roteiros de viagem a partir de pontos de partida e chegada em qualquer dos países citados. Possui algumas falhas de cartografia, detectadas quando eu tentei fazer uns roteiros para o sul do Chile e em alguns outros pontos, entretanto, é um ótimo investimento para o planejamento de viagens. Para o Chile também utilizei um guia de rutas da COPEC, que opera ampla rede de postos de abastecimento de combustível e lojas de conveniência ao longo da várias estradas do Chile, principalmente na Panamericana, onde tivemos maior contato com os serviços dessa rede.
Existem outros guias rodoviários disponíveis no mercado; escolha os seus e faça uma viagem segura!

segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

São José dos Ausentes – Pousada Fazenda Cachoeirão dos Rodrigues



Aproveitando o clima familiar e a hospitalidade da Pousada Fazenda Cachoeirão dos Rodrigues escrevo algumas linhas para falar desse impressionante local. Escolhemos passar o aniversário da Márcia aqui, nos píncaros do Rio Grande do Sul, em São José dos Ausentes. Não é a primeira vez que aqui chegamos e tampouco será a última. A atenção que os proprietários da pousada, Seu Tonico, Dona Rosane e Samuel, filho do casal, dedicam aos hóspedes é algo incomum e marcante. Dificilmente encontraremos anfitriões tão carinhosos assim em outro lugar. Parece que desde o primeiro momento em que se entra na antiga casa rural já nos fazem sentir parte da família. As refeições saborosas e fartas são outro destaque da pousada, pois Dona Rosane é uma cozinheira de mãos cheias. Peçam para ela fazer umas “bijajicas”, um quitute da Serra, e provem com um bom café quente!!! Meus Deus, é ótimo, hehehe!!!

Bom, como se não bastasse, a Pousada está localizada num dos mais belos rincões deste Rio Grande. A aconchegante casa rural fica junto ao rio Silveira, praticamente no topo do belíssimo Cachoeirão dos Rodrigues, que é de tirar o fôlego. Passamos esses dias fazendo trilhas nos Campos de Cima da Serra, visitando lindos bosques de araucárias, avistando diversos animais selvagens e, é claro, tomando refrescantes banhos de cachoeira. De quebra ainda conhecemos um outro hóspede, grande viajante patagônico, Elton Warken, de Novo Hamburgo, que já visitou mais de vinte vezes a Patagônia!!! Num agradável bate-papo trocamos impressões sobre aquele território maravilhoso e também tomamos dicas importantes para nossas próximas viagens. Bom, quem vem para Ausentes e já viajou pela Patagônia não deixa de sentir um certo “ar patagônico” no ambiente, pois as paisagens são amplas e a vista se perde no horizonte sem fronteiras. Sem sombra de dúvidas, foi uma ótima escolha e a Márcia adorou esse aniversário “sui generis”. Eu também!!!

Na lista dos links do blog registramos o site de turismo do município de São José dos Ausentes, onde é possível encontrar informações interessantes e úteis a respeito da região.

segunda-feira, 24 de novembro de 2008

Os veículos!!!


Bem, fazer toda uma aventura automobilística pela Patagônia e não falar dos veículos que nos conduziram seria uma heresia!!! Eu já havia comentado anteriormente em outro post que eu fazia uma idealização a respeito do veículo nesse tipo de viagem. Sempre pensava que deveria ser o proprietário de um 4x4, que este seria o veículo mais conveniente e adequado (e no fundo, até é, mesmo), que assim teria mais “cara de aventura”, etc etc. Só que isso terminava por bloquear as possibilidades, em função do elevado custo/benefício desse tipo de veículo. Ou seja, faltava grana para ter o veículo ideal.
O que fazer então?! Viajar com o veículo disponível! Essa possibilidade materializou-se na figura do nosso Fiat Palio Adventure 1.8 – gasolina - modelo 2004. A Palio mostrou-se um carro excelente, com sua suspensão reforçada, maior altura do solo do que os veículos de passeio normais, pneus off-road 50% e um excelente motor de 103 cv. Um carro muito confiável, que inclusive nos permitiu encarar com segurança a famosa Ruta 40, no segmento de rípio entre El Calafate e Rio Mayo, trecho tão desejado pelos aventureiros dos confins patagônicos. O nosso parceiro de viagem, o Fernando, utilizou sua Palio Adventure 1.6 16V – modelo 2002, outro excelente veículo, apelidada durante a viagem de “coche gris”. Mais adiante eu explico melhor essa história do “coche gris” e do “coche rojo”!!!
Mas, para finalizar este post, não deixe de viajar para a Patagônia por não possuir um veículo off-road; essa é a minha mensagem!!!

sábado, 8 de novembro de 2008

O trajeto da Expedição Patagón



A Expedição Patagón I percorreu aproximadamente 10.000 km entre a ida e o retorno da Patagônia. Conforme havia comentado em post anterior, o planejamento inicial sofreu alguns ajustes durante o transcurso da viagem.

Em primeiro lugar tivemos que alterar a nossa entrada na Argentina. Inicialmente prevista para ser feita através de Paysandú (Uruguai) - Colón (Argentina) foi alterada para Uruguaiana (Brasil) - Libres (Argentina). Isto porque em meados de fevereiro de 2006 argentinos e uruguaios entraram num conflito motivado pela construção de fábricas de celulose na fronteira entre os dois países, as "papeleras" no Uruguai. Ambientalistas argentinos da Província de Entre Rios, contrários aos empreendimentos industriais, bloquearam as pontes internacionais General Artigas (Paysandú - Colón) e General San Martin (Mercedes - Gualeguaychú), impedindo a comunicação entre os dois países. Interessante é que até hoje, em 2008, a Ponte Internacional General San Martin continuava bloqueada! "No te dejan pasar!" Os argentinos, quando protestam, é prá valer!!!

A segunda alteração substancial do roteiro foi evitar Buenos Aires. Os veículos estavam revisados e seria desnecessário entrar na metrópole por qualquer motivo que fosse. Então, escolhemos passar o empalme de Zarate /Campana, seguindo até a simpática Mercedes. Foi uma ótima alteração!

A próxima alteração deu-se a partir de Mercedes. Não seguimos o litoral da Província de Buenos Aires como se pensava no início. Optamos por tomar a Ruta 5 e seguir em direção a Trenque Lauquen e depois pela Ruta 33 até Bahia Blanca, onde pernoitamos. De Bahia Blanca tomamos a Ruta 22 e depois a 251 até Puerto Madryn, ao invés de passar imediatamente para a Ruta 3.

Seguindo adiante, depois do pernoite em Puerto San Julian, evitamos a cidade de Rio Gallegos, capital da Província de Santa Cruz, pois até onde eu fiquei sabendo não existe nada de muito interessante para conhecer no local, servindo apenas como ponto de logística para o viajante que passa pela região. Obviamente é uma cidade importante, mas sem interesses do ponto de vista turístico. Seguimos direto para El Calafate.

A última modificação no roteiro ocorreu após a cidade de Neuquén, que também não estava prevista na viagem, quando ao invés de voltarmos em direção à cidade de Bahia Blanca, optamos por seguir via Santa Rosa, capital da Província de La Pampa. Também foi muito interessante conhecer a simpática cidade pampeana.

A figura mostra o trajeto definitivo da viagem e assim fica mais fácil para entender! Muitas dessas alterações resultaram de um estudo mais detalhado dos mapas rodoviários, principalmente aqueles disponibilizados pelo Guia YPF da Argentina e também no site disponível na internet www.guiaypf.com/.



Conhecendo 5 biomas argentinos



Um dos meus interesses na viagem para a Patagônia era conhecer um pouco mais a respeito das atrações naturais da região, um tanto óbvio, é claro! Mas se deixasse para me ocupar dessa atividade apenas nos locais de interesse sobraria um tempo bem menor, pois grande parte do período seria utilizado nos deslocamentos de carro pelas “rutas”. Assim, sabendo que iria percorrer longas distâncias nas estradas e que, segundo alguns relatos de outros viajantes, isso poderia ser algo tedioso, procurei estudar um pouco a respeito dos biomas da Argentina. Desta forma, na estrada mesmo, poderíamos aproveitar as paisagens que estivessem em nosso trajeto, observando as características de cada área, as formações vegetais e fazendo avistamentos de animais. Isso tornou-se uma idéia bem interessante, pois a Expedição Patagón percorreu cinco biomas da Argentina em seu trajeto, sendo que todos puderam ser bem identificados e reconhecidos. Criamos assim um entretenimento proveitoso para enfrentar as longas estradas e, pelo menos para mim, muitíssimo fascinante, afastando por completo a possibilidade de tédio na viagem.

Biomas percorridos:

1. Estepes e Campos Pampeanos

2. Espinilho e Parque Mesopotâmico

3. Monte

4. Estepe Patagônica

5. Bosques Andino Patagônicos


domingo, 2 de novembro de 2008

Sugestão de Check List


Um check list é algo muito pessoal e vai depender dos propósitos da viagem. De qualquer forma eu sempre dou uma olhada nos check lists de outros viajantes e elaboro o meu de acordo com as minhas necessidades. A lista que segue abaixo pode ser útil para quem vai viajar de carro para a Patagônia do final da primavera até o início do outono. Se for o caso de viajar no inverno serão necessários outros cuidados, pois as correntes de pneus serão obrigatórias, além de fluídos especiais do veículo para as baixas temperaturas.


Pessoal:
carteira de identidade, carteira de motorista, permissão internacional p/ dirigir (Chile), cartão de crédito internacional, relógio, óculos solar, canivete, chapéu e gorro (frio), bota de caminhada, tênis, sandália, chinelo, calça jeans, bermuda, roupa de banho, meias, camiseta, blusão, casaco impermeável para chuva (anorak), luva, toalhas de banho e rosto, mochila de ataque (25L), bolsa de viagem (flexível), travesseiro, máquina fotográfica, cartão de memória, DVD/CDs virgens, tripé, bolsa para equipamento fotográfico, pilhas recarregáveis, carregador, notebook, cabo USB, binóculo, telefone celular, carregador de telefone, agulha, linha
Camping:
saco de dormir, lona plástica, panela, prato, talheres, caneco, isqueiro, fogareiro, refil de gás, cantil, bombona de água, cobertor, lanterna, potes plásticos, espetos, grelha, cuia, bomba, garrafa térmica, aquecedor portátil elétrico, abridor de latas, candeeiro, rolo de cordão, pá portátil, corda de varal, prendedores

Veículo:
documentos em nome do motorista, seguro total, seguro carta verde, autorizações consulares (p/ veículo alienado), fones de embaixadas, legislação de trânsito e recomendações da Argentina, 2 estepes, 2 triângulos, extintor de incêndio, caixa de primeiros socorros, cambão ou cabo de reboque 2 – 3 metros, fósforos, caixa de ferramentas, lixa, arame, martelo, fita isolante, extensores, fusíveis, saco de estopa, óleo do motor, galão de combustível reserva, cabo ponte, chaves extras do carro, cadeados, reparador instantâneo de pneus, rádios portáteis, GPS, mapas e guias, canetas, lápis, bloco de notas, silver tape, contact, bússola, música (CDs, mp3), som portátil, planilha e anotações, agenda de telefones importantes (participantes)

Alimentação:
massa instantânea, sopa instantânea, bolachas, chá, café , instantâneo, sal refinado e grosso, açúcar, leite em pó, suco, chocolate em pó, pão de sanduíche, erva-mate, barra cereais, banana passa, atum/sardinha em lata, salame italiano, queijo, frutas

Higiene e limpeza:
papel higiênico, sabonete, pasta de dentes, escova de dentes, cotonetes, barbeador, creme de barbear, fio dental, pente, escova, cortador de unhas, xampu, creme hidratante, desodorante, detergente, esponja, rolo de papel, sacos de lixo, panos de prato, panos de limpeza, esponja

Farmácia:
protetor solar, protetor labial, repelente contra insetos, mat-inset, analgésico, antitérmico, pastilhas para garganta, comprimidos contra diarréia, comprimidos contra enjôo, buscopan, pomada anti- inflamatória, emplastro, micropore, esparadrapo, gaze, atadura, termômetro

sábado, 25 de outubro de 2008

A Expedição Patagón


A primeira viagem para a Patagônia foi carinhosamente denominada de Expedição Patagón, uma forma de referência aos povos indígenas que habitavam a região, denominados de "Patagones" pelo navegador Fernando de Magalhães em sua viagem de exploração da passagem entre os Oceanos Atlântico e Pacífico. A viagem foi pensada conforme descrito nos próximos parágrafos, porém foi realizada com algumas alterações para ajustes frente algumas situações que ocorreram antes e durante a viagem!

Partindo de Porto Alegre, em direção à Santana do Livramento/Rivera, atravessaremos a banda oeste do Uruguai e cruzaremos para a Argentina em Paysandú/Colón. Seguiremos então até Buenos Aires pela Ruta 14. Em Buenos Aires gastaremos um ou dois dias para uma última checagem dos veículos, aprovisionamento para as etapas seguintes e, porque não, para conhecermos um pouco mais da bela capital argentina.

A partir de Buenos Aires iniciaremos a fase focal da expedição. Primeiro objetivo, Península Valdez, paraíso natural da fauna oceânica. Largando de Buenos Aires pela Ruta 2 seguiremos por Mar del Plata e depois, pela famosa Ruta 3, até Bahía Blanca. Após, chegaremos em Puerto Madryn, base para a exploração da península. Neste local estão previstos dois dias para o avistamento de fauna, exploração e caminhadas pela península.

Da Península Valdez partiremos num tiro longo, com mais de 1600 quilômetros, em direção ao sul, até chegarmos no segundo objetivo da viagem, o Parque Nacional Los Glaciares. Seguindo pela longa e por vezes monôtona Ruta 3 passaremos por Comodoro Rivadavia, Rio Gallegos, até El Calafate, base para a exploração do parque. O parque é famoso pelos fantásticos glaciares, destaque para o Perito Moreno, que caem nos Lagos Viedma e Argentino. Passaremos dois dias na região, visitando os glaciares e realizando caminhadas em trilhas locais.

Do Parque Nacional Los Glaciares seguiremos 245km para o norte, até El Chaltén, onde visitaremos o famoso Monte Fitz Roy, paraíso dos andinistas, com belas montanhas e trekkings fantásticos.

De El Chaltén começaremos o retorno para casa, mas a expedição ainda não estará finda. Tomaremos a Ruta 40, estrada de ripio (pedriscos que adoram saltitar e estourar o parabrisa dos veículos) cruzando o fascinante deserto patagônico e seus grandes relevos. Nesse caminho visitaremos “La Cueva de las Manos Pintadas”, sítio de arte rupestre datado de 9.300 anos, Patrimônio Cultural da Humanidade pela UNESCO.

Seguindo de “La Cueva de las Manos Pintadas” para Perito Moreno, daí sim, começaremos o nosso retorno. Continuaremos para o norte pela Ruta 40 passando por Esquel e Bariloche. Tomando as Rutas 237 e 22 iremos em direção à Bahía Blanca e depois até Buenos Aires pela Ruta 3.

Daí para diante o caminho segue o inverso da largada. É o trecho final de uma expedição que promete ser fantástica e inesquecível!

segunda-feira, 20 de outubro de 2008

Esboçando o roteiro de uma expedição

A fase de planejamento da primeira viagem para a Patagônia durou quase um ano, de abril de 2005 até fevereiro de 2006. Poxa, dirão alguns, que exagero!!! É, pode até ser, mas eu aprendi muito nesse período, além do mais o conhecimento acumulado veio a ser muito útil no planejamento que estava em curso e nas viagens seguintes.
Durante esse período foram estabelecidas definições muito importantes a respeito da viagem. O percurso da visita abrangeria a partida do Brasil, um breve trajeto pelo Uruguai e seguiria imediatamente para a Argentina, até a cidade de El Calafate, na Província de Santa Cruz, finalizando então com o retorno ao Brasil. A duração da viagem seria de 22 dias entre a ida e a volta. O meio de transporte seria por via terrestre, com o uso do veículo particular. O trajeto teria o formato de um circuito, descendo pela costa leste, mais próximo ao litoral, e retornando pelo oeste, junto da Cordilheira dos Andes.
E porque ir somente até El Calafate e não incluir Ushuaia, ou mesmo adentrar no Chile, que estaria logo ali ao lado? Simplesmente porque a Patagônia é enorme e a opção foi por conhecer menos lugares, investindo o tempo disponível de modo mais consistente em determinadas atrações da região.
Gasta-se uma vida e não se consegue conhecer toda a Patagônia, tamanha é a sua imensidão!

segunda-feira, 6 de outubro de 2008

Planejando a viagem


Bem, para mim, planejar é fundamental. É a melhor maneira que eu encontro para otimizar o tempo que estará ao meu dispor durante a viagem. Conheço viajantes que apreciam o improviso e os imprevistos de uma viagem, que se deixam levar pelo que vier ao seu encontro. Nada a opor, trata-se de um estilo pessoal, porém não é o meu, decididamente. Prefiro começar a viajar mentalmente, muito antes da viagem propriamente dita. Adquirir um bom guia de viagem ajuda bastante. O melhor é ter mais de um guia, na medida do possível, pois nenhuma publicação pode ser considerada completa. Abaixo eu coloco uma lista com algumas sugestões de guias que tenho utilizado para viajar na Patagônia:

- Argentina. Danny Aeberhard, Andrew Benson e Lucy Philips (tradução Eliana Rocha) – São Paulo: Publifolha, 2004. Trata-se de uma famosa série denominada Rough Guides. Descrito como um guia “cru” ou “rudimentar”, é uma publicação com linguagem acessível, bem resumido, contendo boas indicações e bem interessante. É leve e pode ser facilmente carregado na mochila ou na mão mesmo.

- Chile. Melissa Graham (tradução Carlos Mendes Rosa) – São Paulo: Publifolha, 2005. Da mesma série Rough Guides. Valem os mesmos comentários do anterior.

- Guia Criativo para o Viajante Independente na América do Sul. Zizo Asnis e colaboradores. Porto Alegre: Trilhos e Montanhas, 2005. Site: www.oviajante.com. É um guia feito por brasileiros, para brasileiros. Os guias disponíveis no mercado, em quase sua totalidade, são provenientes de traduções de guias estrangeiros. Este guia procura, digamos assim, focar no jeito de ser e de gostar dos brasileiros e pensa também nas possibilidades financeiras da nossa gente, geralmente com recursos reduzidos para viajar. Em seu conteúdo estão compreendidas a Argentina, Bolívia, Chile, Colômbia, Equador, Guiana, Guiana Francesa, Paraguai, Peru, Suriname, Uruguai e Venezuela. Considero-o uma boa referência, embora não tenha me acertado com suas dicas de hospedagem. O interessante é que o organizador é uma pessoa acessível e sugestões de melhoria serão bem recebidas. A mesma editora dispõe de outros guias de viagens seguindo a mesma linha de publicação.

- Chile & Easter Island. Charlotte Beech e colaboradores. Lonely Planet, 2006. Site: www.lonelyplanet.com. É uma publicação em língua inglesa, cujos autores são viajantes independentes, que produzem suas informações a partir de suas experiências próprias. Considero um guia muito completo, em formato compacto e fácil de carregar. Apresenta muitas dicas interessantes em várias áreas, principalmente para aqueles que curtem a natureza e os esportes radicais. Também tem seu irmão que aborda a Argentina.

Bem, estas são apenas algumas sugestões, pois existem inúmeros guias e incontáveis sites com dicas que auxiliam no planejamento de uma viagem para a Patagônia e América do Sul. Mais adiante eu abordarei outros tipos de referências, tais como mapas de estradas e guias de fauna e flora. Valeu!

sábado, 27 de setembro de 2008

Queria viajar ... por onde começar?!


A vontade de viajar e conhecer a Patagônia sempre foi muito grande. O imaginário da região esteve presente em minha vida, desde jovem, mas ganhou reforço com a formação profissional na área da Biologia. Infelizmente, por limitações que a gente vai se impondo na vida, principalmente na própria cabeça, nunca tinha levado muito a sério a possibilidade de ir para o sul do continente. Carregava também aquela idealização de que seriam necessários recursos financeiros elevados e, para compor aquela figura de aventureiro, um veículo “off-road” para enfrentar os desafios. Mas certo dia eu parei de idealizar e, num estalo de pensamento, comecei a refletir muito a sério na possibilidade. Lembro até hoje do dia, na volta de uma viagem de férias em Buenos Aires, na companhia de minha esposa, em 2005. Na viagem de regresso eu estava folheando despreocupadamente um guia de viagens da Argentina, que havia adquirido para conhecermos a capital portenha, quando resolvi abrir no capítulo da Patagônia. Depois de olhar os mapas e ler de modo telegráfico o capítulo, desfazendo-me daquelas idealizações que me bloqueavam durante anos, logo tomei a decisão ... a próxima viagem seria para a Patagônia. Virei de lado na poltrona e comentei com a Márcia, que logo sorriu e empolgou-se com a idéia!!!

quinta-feira, 25 de setembro de 2008

Em abril de 2008 ...

Chegamos na semana passada procedentes da Patagônia Chilena e Argentina. Esta viagem foi o fechamento de um conjunto de três viagens que empreendemos nos anos de 2006, 2007 e 2008 para essa maravilhosa região.

Na primeira viagem exploramos a Patagônia Argentina, seguindo em veículos próprios de Porto Alegre até a cidade de El Calafate. Destacamos nesta viagem a passagem pela Península Valdez, a Ruta 40, El Chaltén, a Cueva de Las Manos Pintadas e o belíssimo glaciar Perito Moreno, que nos brindou com a sua ruptura no mês de março de 2006.

Em 2007 seguimos de avião até El Calafate e daí partimos via terrestre, viajando de ônibus, para conhecer o Parque Torres del Paine. Foi sensacional, pois conseguimos realizar fantásticas caminhadas por senderos do circuito W em cinco dias no parque. O tempo colaborou e conseguimos visualizar as torres e os cuernos em toda a sua plenitude. O fechamento foi em Ushuaia, com uma bela trilha na chamada Senda Costera, no Parque do Fim do Mundo.

Agora em 2008 nosso projeto era conhecer a região dos Lagos no Chile e a Carretera Austral, numa viagem de 26 dias. Partindo novamente de Porto Alegre em duas palio adventure seguiríamos para Mendoza, região dos Lagos, Chiloé, Carretera Austral e o regresso seria através do litoral argentino, via ruta 3. Infelizmente no segundo dia de viagem um dos veículos teve que retornar ao Brasil e eu decidi com pesar pelo cancelamento da Carretera, pois acolhemos uma amiga, ficando entre 4 pessoas, mais bagagens. Além é claro da falta de suporte mútuo entre os veículos, que eu julgava fundamental para enfrentar a Carretera.

Mas enfim, este é apenas o primeiro relato a respeito do que vem por aí. Fico à disposição se alguém necessitar de informações que eu possa dispor sobre a região, preços dos combustíveis referentes à última viagem, alojamentos e o que mais estiver ao meu alcance. E é claro, para bater um bom papo com os amigos e interessados sobre estas aventuras.

Saudações a todos!

Viajando na Patagônia e América do Sul

Viajando na Patagônia e América do Sul é um blog pessoal destinado a compartilhar experiências e vivências de viagens de férias na Patagônia e na América do Sul com aqueles que amam esses locais do nosso planeta azul. Você que é um viajante independente, ou mesmo turista tradicional, poderá encontrar os relatos das viagens que realizei pela Patagônia e Deserto do Atacama, no norte do Chile e também norte da Argentina. Além dos relatos, pretendo postar dicas e dar informações importantes para aqueles que pretendem viajar para essas regiões, tudo aquilo que estiver ao nosso alcance. Bem, agora o negócio é começar a escrever e postar textos e imagens para dar vida ao blog. Valeu!
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