segunda-feira, 13 de abril de 2009

Nova expedição para a Patagônia





















Estamos nos preparativos finais para mais uma viagem para a Patagônia, a "Corazón Patagónico". Márcia e eu teremos como companheiros de viagem dois grande amigos de longa data, Adriano e Vera. Estamos ansiosos para partir logo e encarar os 9000 quilômetros de estrada que nos aguardam. Na medida do possível tentarei postar alguma informação e fotos no blog, direto da região austral. Deixo minhas saudações aos amigos e amigas que acompanham o blog!

sábado, 4 de abril de 2009

Patagón I – Visitando uma pinguineira IV


Enfim chegamos na pinguineira. Estacionamos os carros e vestimos os anoraks, ainda que a tarde estivesse linda e ensolarada, mas era por causa do vento que trazia a sensação de frio. Começamos a caminhar pelo sendero e logo no começo da trilha já avistamos o primeiro pinguim-de-magalhães! O Spheniscus magellanicus, ao contrário do que muitos pensam sobre pinguins, é uma ave que não vive no Polo Sul. Habita as costas do Chubut, Santa Cruz e Terra do Fogo, as províncias mais ao sul da Argentina. Com 44 cm de altura, é facilmente identificado pela faixa branca que parte do bico, contorna os olhos e forma um colar no pescoço. Seus ninhos são construídos em baixo de arbustos, em covas e em lugares abertos. Os “pichones”, como são chamados os filhotes, são alimentados com peixes e lulas trazidos pelo macho e pela fêmea. As tarefas de defesa do ninho, incubação dos ovos e alimentação são feitas igualmente pelo casal. Na pinguineira do Cabo dos Bahias existem uns 20 mil casais de pinguins. Os animais permanecem por aqui durante a época de desova e cria, partindo do local no mês de abril e regressando na primavera seguinte para repetir o ciclo. Apesar de conhecermos esses animais em terra, eles passam a maior parte de suas vidas na água, inclusive dormindo nela. No inverno podem subir ao norte até o Rio de Janeiro, numa viagem de mais de 3.000 km! Na água são capazes de nadar a 8 km/h, conseguindo velocidades maiores em períodos curtos, saltando fora da água. Em fins de janeiro e fevereiro, grupos de jovens nascidos na temporada anterior passam quase duas semanas em terra para mudar as suas penas. No caso dos filhotes eles nascem cobertos de plumagem, a qual é perdida em fins de fevereiro quando mudam para a plumagem juvenil.



Foi simplesmente uma experiência maravilhosa caminhar e observar de muito próximo esses pequenos “senhores de fraque e cartola”, com seu jeito desengonçado de caminhar. A pinguineira é vasta e os animais e seus ninhos estão espalhados numa área muito ampla, mas existe um local que concentra um grande número deles. Uma passarela de madeira, construída para a passagem dos visitantes, mas que terminou por servir de abrigo e sombra para muitos pinguins que ali resolvem descansar tranqüilamente! Assim, é possível apreciar esses animais a curta distância por quanto tempo desejar. Terminamos a visita felizes com a experiência!

Então voltamos para os carros e embarcamos para continuar o passeio até o Cabo dos Bahias, uma área protegida que oferece belíssimos visuais da costa e do Oceano Atlântico. Andamos um tempo pelos rochedos, tiramos fotos e aproveitamos para apreciar a vista.

E depois de um dia inteiro de viagem e passeios nós decidimos pernoitar em Camarones mesmo, pois o final do dia já se aproximava e não estávamos dispostos a seguir até Comodoro Rivadavia durante a noite. O único problema foi que só encontramos duas opções de hospedagem em Camarones!
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