terça-feira, 20 de setembro de 2011

San Andrés - um paraíso caribenho para finalizar os relatos da Colômbia

Chegou a hora de fechar o capítulo a respeito da Colômbia. Pelo menos por enquanto, hehehe! Mas para finalizar bem escolhi San Andrés, um paraíso colombiano no Caribe. Essa ilha, localizada 800 km ao norte da costa da Colômbia, foi a nossa estada mais longa da viagem, onde relaxamos e curtimos a atmosfera, o ritmo e o mar caribenhos. Tentar descrever o clima desse local seria um gasto energético infrutífero, mas acredito que algumas fotografias que eu selecionei por último poderão ajudar na tarefa.
Acredito que não cheguei a mencionar nos posts anteriores, e se mencionei, repito, que ficamos hospedados afastados 10 minutos do centro de San Andrés, no povoado de San Luís, mais especificamente no Hotel Cocoplum. A Márcia e eu temos esse tendência de buscar lugares mais tranquilos, pois assim ficamos mais confortáveis. E o hotel, que está bem coladinho nas areias da praia de San Luís, é muito bacana, possui arquitetura caribenha, belos jardins, realmente um lugar muito agradável e de bons serviços.
E logo em nossa chegada fomos surpreendidos com um acontecimento insólito. Fomos testemunhas de um romântico casamento nas areias da praia, com direito a  marcha nupcial, entoada por uma banda local, muitas flores e convidados com roupas, camisas e vestidos coloridos! Parecia que nós tínhamos desembarcado em "Feitiço Havaino" (Blue Hawaii), famoso filme de Elvis da década de 1960, que termina com cenas de um casamento "nativo" do personagem Chad Gates. Os pombinhos também chamavam a atenção pela diversidade; ele, um havaiano de quase dois metros, e ela, uma jovem peruana, com seus um metro e sessenta de altura! Foi uma atração e tanto! Esperamos que eles estejam muito felizes!






Rocky Cay, avistada da praia de San Luís.



Outra experiência fantástica na ilha foram os mergulhos no mar "siete colores" de San Andrés. E não é piada não, pois o mar lá é maravilhoso, muito colorido, de ficar com o queixo caído! Os mergulhos foram orientados pela Buzos del Caribedive center com vinte anos de operações na região. Foram oito mergulhos fabulosos e emocionantes, que eu não esquecerei nunca na minha vida! O momento mais "fera" foi o mergulho de 30 metros de profundidade no paredão chamado Blue Wall, que desce até os 300 metros de profundidade. Alí eu consegui entender o significado da expressão deep blue! De quebra ainda encontramos um cação lixa deitado numa fenda e eu pude chegar do ladinho do tubarão; não queria mais nada! Faltaram fotografias das imersões, pois não tenho equipamento adequado para tal, mas a beleza da ilha já dá uma certa ideia do que é possível encontrar nas suas águas quentes. Algumas fotos que disponho foram gentilmente presenteadas a mim pela mergulhadora canadense Nancy Michaud. Embora a Márcia não seja mergulhadora scuba, ela fez uma sessão de snorkeling num dos dias, mesmo sentindo bastante frio, até mesmo em águas do Caribe! E ela gostou bastante!
A noite celestial de San Andrés!
A lancha da Buzos del Caribe. Javi, o simpático Divemaster que orientou as imersões.
Buzos del Caribe - guarda dos equipamentos.
Buzos del Caribe. O gerente e mergulhador Edon Fraile.

Preparação para uma das saídas de mergulho no "deep blue".

Sequência de fotos que recebi de presente da mergulhadora canadense Nancy Michaud.
O resto das memórias subaquáticas eu guardo na cuca!

Um nado junto ao cação-lixa em Blue Wall.





Um dos programas turísticos populares em San Andrés é o snorkeling com as arraias. Tratamos no próprio hotel uma saída para um final de tarde, que é o horário "marcado" com as arraias. O passeio consiste primeiramente num translado de lancha até os bancos de areia próximos dos recifes. Depois os participantes são convidados a saltar da lancha com água pelo peito. Um cabo é lançado e estendido na água para que os turistas agarrem-se nele e sejam rebocados por entre os recifes. No trajeto vão sendo largados pedacinhos de pão que atraem, literalmente, centenas de peixes para o entorno dos turistas. É um festival de cores e formas das diferentes espécies. A Márcia no começo ficou apavorada com a idéia, pois durante o reboque fica-se em águas com profundidades variando entre 5 e 6 metros, ou seja, não dá pé! Mas eu fui ao lado dela para dar apoio moral e terminou que ela curtiu bastante, embora ao final quase estive sofrendo de hipotermia! Tanto que depois ela nem voltou para a água. No segundo momento voltamos até o banco de areia. Então um moço nativo, muito familiarizado com o comportamento das arraias, atrai os animais para próximo da embarcação utilizando pequenos pedaços de peixe. Quando elas se aproximam ao nível da superfície ele as apanha pelas nadadeiras e larga, com carinho, para aqueles com coragem e disposição, sobre os braços dos turistas! Obviamente que eu, biólogo de profissão, fui um dos que experimentou esse contato com as arraias e, sinceramente, senti-me voltando aos tempos de infância, tamanha a alegria que aquela interação com os animais proporcionou-me. Um único cuidado era preciso ter, conforme fomos advertidos! As arraias possuem um ferrão poderoso em suas caudas e nunca se deve apanhá-las pelo posterior do animal, somente pela sua parte anterior. E, é claro, nunca se deve tentar isso sem a devida orientação e acompanhamento de pessoas experimentadas! A interação com animais selvagens é mais segura e tranquila se for feita de maneira passiva e contemplativa. E eu agradeço à Márcia pelas lindas fotos de recordação que ela tirou de mim, bem segura no interior da lancha, pois estava morrendo de medo das arraias que nadavam freneticamente entre as pernas dos turistas, hehehe!!!
Uma única furada em San Andrés! Se te convidarem para conhecer as lagoas internas da ilha, para ver as "babillas" (jacarés) que lá vivem, nem pense em fazer isso, pois é pura perda de tempo! Qualquer lago de parquinho é mais interessante do que as tais lagoas! E com guias informais acerte o preço do serviço antes de aceitar qualquer oferta. No mais é tudo 100%!



Visual "básico" de um  cayo ao redor de San Andrés.
Mais um pouco das brincadeiras com as arraias!
Red Crab, uma banda local de San Andrés que faz um som caribenho muito legal! Animaram as noites no Cocoplum!
Passeio no sul da ilha, visitando o Hoyo Soplador. Um orifício no recife costeiro que pode "cuspir" um jato de água de até 20 metros de altura. Nesse dia ele estava "apenas" soprando, como pode ser visto na foto! 
Márcia com meninos nativos, que compõem a população multiracial descendente de colonos ingleses, escravos africanos e índios nativos. Até hoje eles estudam num sistema inglês, inclusive adotando o idioma, mas também falam o espanhol. Esse é um dos aspectos culturais interessantes de San Andrés.

Ao final, quero deixar uma breve mensagem de agradecimento aos amigos do blog, aos visitantes, àqueles que acompanharam as nossas vivências ao lerem os relatos e apreciarem as fotos postadas. A Colômbia é um pais encantador, de muita diversidade cultural e história contundente, de grande riqueza em sua fauna e flora, e habitado por um povo muito acolhedor e amigo. Se você está com dúvidas em visitar a Colômbia, eu afirmo, esqueça seus temores e caia de cabeça nesse lindo país que possui muito a oferecer ao turismo mundial! Você só terá a ganhar e eles também. Esta é a mensagem que esperamos ter passado em nossos posts! Finalizo deixando um beijão para a minha esposa parceira e amada, pois sem ela a viagem não teria o mesmo encanto! Muito obrigado a todos.
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