sexta-feira, 6 de abril de 2012

Contornando o Lago General Carrera - 28/04/2009


Bem, fez mais de um ano desde a última vez que eu escrevi um post sobre a Corazón Patagônico, a viagem que fizemos pela Carretera Austral, Chile, em 2009. Bateu uma saudade! Vamos concluir essa história?! Ou pelo menos acrescentar mais um capítulo!!!
Às 7 horas do dia 28 de abril de 2009 começamos o nosso caminho de volta para o Brasil. Meu plano inicial era seguir até Villa O'Higgins, no final da Carretera, mas nossos amigos e parceiros, Adriano e Vera, estavam um pouco apreensivos com suas atividades profissionais e com muitas saudades da Mariana, filha do casal. E ainda seriam vários dias para o retorno! A viagem estava maravilhosa em todos os aspectos e não havia necessidade de forçar em troca de mais alguns dias. De comum acordo resolvemos regressar para a Argentina, apontando para o caminho de casa.
De Puerto Tranquilo fizemos mais alguns quilômetros pela Carretera, em direção ao sul, para então tomar um desvio à esquerda na direção de Chile Chico - Los Antiguos, no Paso Rio Jeinemani. Esses trechos de estrada são maravilhosos, pois a Carretera segue um trajeto contornando o Lago General Carrera. As paisagens são deslumbrantes! Recordo-me que fizemos várias paradas para fazer fotografias, pois os visuais eram incríveis demais a cada curva da estrada. O trajeto também era bastante desafiador, pois bastaria uma simples derrapagem para terminar a viagem dentro do lago!!! Mas tudo correu bem, com a proteção do Gauchito Gil, gracias!
Por volta de 11:30 fizemos os trâmites da fronteira, deixando o Chile para trás e ingressando novamente na Argentina. Fizemos uma breve parada em Los Antiguos para abastecer os veículos e tocamos adiante pela Provincial 43 e outras rodovias locais, até encontrarmos a conhecida Ruta Nacional 3. Nosso objetivo era chegar em Rada Tilly, a aproximadamente 380 quilômetros de Los Antiguos. Tocamos bem durante o restante da tarde e chegamos no balneário de Rada Tilly, muito próximo de Comodoro Rivadavia, ao final do dia. Só que nos demos um pouco mal nessa!
A nossa intenção era ficar num camping em Rada Tilly, mas ao chegarmos no local percebemos que não existia o tal estabelecimento, ou já estava fechado pelo fato da temporada ter encerrado. Rodamos a procura de outros lugares em vão. Terminou que anoiteceu e não quisemos ficar em hotel, pois tudo era muito caro nessa região em função da indústria do petróleo. Seguimos adiante, passando por Comodoro Rivadavia, sem parar. Fomos tocando pela Ruta 3, noite adentro, com o cansaço começando a bater em todos. Dirigir nessas condições estava se tornando temerário e ainda por cima o tráfego de caminhões na estrada estava bem movimentado. Encontrar um bom local para acampar também seria uma tarefa difícil e hospedagem não encontraríamos no solitário e desabitado Pampa de Salamanca a nossa frente. Fomos seguindo e nos distanciando de Comodoro Rivadavia, cada vez mais. Rodamos e rodamos até encontrarmos um discreto acesso para uma ruta provincial. Tomamos esse caminho. Seguimos umas centenas de metros adiante e encontramos um local plano, mais afastado da Ruta 3, que parecia o mais razoável para um acampamento. O problema maior era meu e da Márcia, pois tínhamos que montar a nossa pequena iglu no solo, na escuridão iluminada pelos faróis dos nossos veículos, enquanto para o Adriano e a Vera bastaria abrir em poucos segundos a Camping's World que já estava pronto o acampamento. O solo era seco e rochoso, difícil de cravar os espeques, mas conseguimos fixar os principais. Em outros pontos esticamos o tecido da barraca amarrando  o cordame em pequenas rochas. Essa noite não teve fogueira, nem janta e sequer bate papo! Petiscamos alguns salgadinhos e tomamos suco de caixinha. Entramos direto nas barracas, pois o canseira e o frio incomodavam naquela noite escura. Dormimos com dificuldade, pois o chão era duro e frio, mesmo com o uso dos isolantes térmicos. À noite a temperatura caiu bastante e começou a chover fraco. O amanhecer do dia seguinte prometia fortes emoções!






Paisagens inebriantes nos últimos quilômetros da Carretera Austral.


Aduana de Chile Chico. Adriano e Márcia batem um papo sobre os visuais maravilhosos na Carretera.

sábado, 31 de março de 2012

Quanto tempo ...!!! Mas estamos na área, ainda!

Nossa, quanto tempo que eu não passeava pelo blog! Estava com saudades, hehehe! É o primeiro post de 2012! É que tudo resume-se às prioridades na vida. Não é assim mesmo com todo mundo?! Mas ainda estamos na área, só que com pouquíssimo tempo para publicar novos posts. 
Neste mês de março andamos circulando uns dias pelo Brasil, uns 3.000 quilômetros básicos, e visitamos lindíssimas cachoeiras. Vou deixar algumas fotos para os amigos do blog e para os visitantes do site! Farei um pouco de mistério não revelando os nomes dos locais. Muita gente conhece, mas e você?! Os dois lugares ficam no Rio Grande do Sul - Brasil. Saudações a todos!



sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

Blogagem Coletiva: Meus 7 Links




O convite para participar da "Blogagem Coletiva: Meus 7 Links" chegou pelo Twitter, feito pelos amigos do blog 4 Cantos do Mundo, reverberando a idéia da sempre criativa Cláudia Beatriz, blogueira responsável pelo Aprendiz de Viajante. Eu de pronto aceitei, pois uma das coisas bacanas de se estar blogando na internet é fazer e participar dessas interações e contatos com os outros blogueiros e com as pessoas que acessam nossos sites em busca de informações. Só para clarear mais um pouco a coisa, o objetivo do "Blogagem Coletiva: Meus 7 Links" é unir os blogueiros de todos os setores para criar um banco de posts antigos que merecem mais atenção.

1. Seu post mais Bonito - que tarefa árdua, hehehe! Depois de três anos blogando e em meio a quase 200 posts é bastante difícil fazer essa escolha. Vou citar o post San Andrés - um paraíso caribenho para finalizar os relatos da Colômbia. É um post com boas fotografias e textos sobre a paradisíaca ilha de San Andrés. É do jeito que eu gosto de apresentar as experiências de viagem. Mas acho que o post mais bonito é aquele que eu ainda não escrevi!


2. Seu post mais Popular - o post mais popular trata sobre a erupção de um vulcão na Patagônia. É o post Erupção do Vulcão Puyehue. Na época eu li no Twitter de uma rede meteorológica da Patagônia a informação sobre a erupção, que estava em curso inicial, e toda a repercussão que ela teria sobre Bariloche e a região dos lagos argentinos. Então escrevi um post a respeito, pois já passara pela região numa das minhas viagens anos atrás. A repercussão foi incrível, pois muita gente procurou informações sobre o acontecimento e terminou chegando até o blog durante muitos e muitos dias. Até hoje é o post recordista de acessos. Foi um "furo de reportagem" do blog!


3. Seu post que gerou mais discussão/controvérsia - o post Parque Nacional Tayrona - Colômbia  talvez não seja o mais discutido, mas para mim foi polêmico de certo modo, pois nele faço uma crítica divertida sobre as agruras de um passeio de barco que fizemos na Colômbia.

4. O post que ajudou/ajuda mais gente - o post Mapas das "Rutas". Tenho outros similares no site, mas este é mais acessado de todos. Quem é viajante independente e quer organizar a sua viagem sempre necessita  informações sobre mapas para o seu planejamento.

5. O post que o sucesso te surpreendeu - por incrível que pareça, o post A bordo de um Fusca "split-window" rumo à Patagônia  eu escrevi de modo totalmente despretencioso. Queria "movimentar" o blog e catei uma informação na internet sobre dois jovens alemães que estavam fazendo uma viagem pela Patagônia à bordo de um velho fusca. Até hoje é um dos posts mais acessados no blog. Acredito que esse tipo de notícia faz cócegas no imaginário das pessoas, principalmente pelo idealismo dos caras!

6. O post que não recebeu a atenção que deveria - o pessoal normalmente entra no blog e fica pouco tempo, dois minutos em média, esse é o padrão frenético da internet, mas o post Patagón I – Espinilhos e as Yatay ... mereceria uma atenção maior. Como eu sou biólogo geralmente incluo comentários sobre fauna e flora nos meus posts e esse texto ficou muito interessante, pois apresenta um parque nacional pouco conhecido no pais vizinho e faz conexões entre a flora da Argentina e do Brasil.

7. O post que você tem mais orgulho - não sei se seria o caso de mais orgulho, mas foi fruto de muita pesquisa para o embasamento do texto e fotografias. O post Machu Picchu e fotografias de Hiram Bingham apresenta um relato e fotos antigas sobre a descoberta de Machu Picchu, bem como trata das polêmicas que rondaram as atividades científicas conduzidas pelo Professor Bingham um século atrás. É um post sólido, um dos mais acessados aqui no blog!


7 blogueiros:


terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Um bom motivo para visitar o Nordeste! - II

Olá, pessoal! Andei "fora do ar" nas últimas semanas, por motivos de saúde, sem poder publicar posts aqui no blog. Vou aproveitar a ocasião, agora que eu estou me recuperando, para completar o segundo post sobre os mergulhos em naufrágios de Recife - PE. 
Para poder realizar esses mergulhos obtive no mês de setembro a certificação PADI AOWD (mergulhador avançado), com a instrução e orientação dos amigos da Planeta Mergulho, visto que vários dos naufrágios da região estão situados em profundidades de 30 metros, ou até mais, o que requer minimamente a certificação referida. Para mergulhar nos naufrágios fiz os contatos e a programação com a Aquáticos Dive Center, certamente uma das mais bem conceituadas operadoras de mergulho no Brasil. Foram 3 três saídas no catamarã Galileo, com seis mergulhos em águas de perfeita visibilidade e temperatura agradável, na casa dos 26 - 28 °C. Outubro, só para lembrar, é um dos melhores meses de mergulho em Recife! Dentre os mais de 20 pontos que existem nesse imenso parque de naufrágios realizamos os mergulhos nas embarcações Flórida, Vapor de Baixo, Servemar I, Servemar X, Pirapama e rebocador Taurus. 
Acredito que seja muito importante referir que vários dos naufrágios de Pernambuco foram criados para a formação de recifes artificiais e novos pontos de mergulho. Tudo isso tem sido realizado com muito respeito ao meio ambiente, através de uma parceria entre a associação de operadoras de mergulho - AEMPE, universidades de Pernambuco e armadores, que doaram as embarcações devidamente preparadas e limpas. As atividades são devidamente licenciadas pelo IBAMA, Marinha do Brasil e órgão ambiental de Pernambuco - CPRH.  A iniciativa tem gerado várias possibilidades para o mergulho recreativo, a pesquisa científica das universidades e a criação de novos locais para o desenvolvimento da fauna e flora marinhas. As fotos que obtive através da Dolphin Eye podem dar uma excelente idéia do que são esses mergulhos em Pernambuco! Simplesmente fantásticos!

O excelente catamarã Galileo - Aquáticos Dive Center.
Ampla praça de mergulho do catamarã e a faina de preparação dos equipamentos antes dos mergulhos. 


Loja da Aquáticos, com atendimento de Isabela, que tratou a programação dos mergulhos.
Cardume de enxadas - Chaetodipterus faber.
 A roda de propulsão do Vapor de Baixo - profundidade de 21 metros.

Mergulhando próximo da proa do Servemar I - profundidade 24 metros.
Jaguariçás - Holocentrus sp. acompanhando um cação-lixa - Ginglymostoma cirratum.
Cação-lixa  ou lambarú - Ginglymostoma cirratum.
Cardume de xiras - Haemulon sp. Difícil afirmar a espécie!
Cardume de fogueiras - Myripristis jacobus.
Rebocador Taurus - profundidade de 24 metros.
Bela foto da descida ao naufrágio! Rebocador Taurus - um dos naufrágios programados em Recife.
Mergulhadores descendo pelo cabo guia até o Servemar X - profundidade de 25 metros.
Outro rebocador afundado para formar recifes artificiais.

quinta-feira, 27 de outubro de 2011

O vulcão Hudson e o Bosque Muerto

Quando estivemos na Patagônia chilena, especificamente na Carretera Austral, em 2009, vimos de perto o efeito das erupções do vulcão Hudson na comunidade de Rio Ibañez. As erupções maiores ocorreram em 1971 e 1991. E agora está ocorrendo novamente, pois o vulcão está em atividade, conforme noticias dos últimos dias. Interessante, o intervalo entre essas duas erupções históricas é de 20 anos e agora, passados mais 20 anos, o vulcão manifesta-se novamente. A foto abaixo, divulgada pelo Tiempo Patagónico, mostra a atividade recente do Hudson, não estando descartada uma erupção de maiores proporções.


Mas quando passamos pela região em 2009 não conseguimos avistar o vulcão, pois ele está em áreas elevadas da cordilheira dos Andes, quase sempre encobertas por nebulosidade. Pudemos ver o resultado impressionante das erupções, que é o "Bosque Muerto". A respeito desse bosque eu já escrevi um post ano passado.
Agora, para relembrar aquele momento, deixo mais algumas fotos que mostram os efeitos da cinza vulcânica que foram carreadas para o leito do Rio Ibañez nas erupções de 1971 e 1991. O "Bosque Muerto", com seu cenário silencioso e tétrico, é uma atração para quem trafega pela Carretera. Serve também para nos lembrar da força da natureza! Como ele ficará se uma nova erupção estrondosa do Hudson ocorrer?!













segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Um bom motivo para visitar o Nordeste!

Já faz muitos e muitos anos que uma viagem ao Nordeste do Brasil andava pela cabeça, mas não acontecia nunca, por incrível que possa parecer! A ideia ia e vinha, era lembrada e depois esquecida, cogitada, mas invariavelmente adiada; em outras preterida pelo que vem primeiro, tudo muito ao sabor dos ventos rondantes. Sem sombra de dúvidas, as viagens pelos caminhos da Patagônia e as demais feitas em outras partes da Argentina e do Chile, no Uruguai, Bolívia, Peru e na Colômbia tomaram conta do pedaço nos últimos anos. Mas eu tinha até um certo desconforto comigo mesmo; um desconforto com a minha condição de brasileiro. Poxa, já estivera na Inglaterra, França e Itália; poderia contar as belezas da Argentina que fariam inveja para a maioria dos "hermanos", já visitara tantos desses interessantes países sul-americanos, percorrendo as suas entranhas, mas ainda não conseguira uma oportunidade para visitar o nascedouro do Brasil, a região Nordeste. Para mim era uma dívida não paga. Devia, não poderia negar, tinha lá meus motivos; mas queria pagar a dívida!
O engraçado é que essa viagem começou a ser gestada, inconscientemente, em 2010, no Estado do Rio de Janeiro. As lindas águas de Cabo Frio, Búzios e Arraial do Cabo foram as culpadas! Depois de muitas aventuras em paisagens deslumbrantes nas estepes, florestas andinas, montanhas e desertos multicoloridos do Cone Sul, as praias do estado da Guanabara devolveram-me um sonho de menino e rapaz! Era algo para variar, para valorizar o Brasil, prestigiar o nosso litoral. E bastaram três apnéias, três brincadeiras inocentes com máscara e snorkel, três encontros vertiginosos com tartarugas, para eu relembrar o sonho que tinha ficado bem lá para detrás, logo depois que eu tranquei a Oceanologia em Rio Grande, nos idos oitenta e picos. O mergulho, sim, o mergulho era um sonho de garoto que pensou um dia mergulhar no azul profundo como se fosse Cousteau, um Jacques, um Jean-Michel, um Philippe. Mas não dava, ou eu achei que  não dava; foram anos de chumbo, de inflação, das décadas perdidas para o Brasil, do país do futuro que não chegaria nunca. A vela foi a grande companhia que me manteve próximo das águas, águas turvas do querido Guaíba. Mas aí as coisas foram mudando, apareceu a chance novamente, 2011, de novo, agora eu não iria perder a vez! E já surgiu de cara o básico e logo depois o mergulho avançado. Tudo muito rápido, os checkouts da Ilha do Arvoredo para começar, depois o Caribe colombiano, melhor do que eu esperava, muito melhor do que eu imaginava. Por último, as águas da Ilha Grande-RJ, anomalamente frias e turvas para a felicidade do azar, mas com uma turma de mergulhadores e amigos fantásticos acompanhando. E agora, mesmo sabendo da importância histórica do Nordeste no contexto brasileiro, não faltava mais "aquele" bom motivo para eu fazer o pagamento da dívida. De quebra teria o povo, a culinária, a história, a cultura e as praias para aproveitar. Eu já tinha um bom motivo para visitar o Nordeste! 




terça-feira, 20 de setembro de 2011

San Andrés - um paraíso caribenho para finalizar os relatos da Colômbia

Chegou a hora de fechar o capítulo a respeito da Colômbia. Pelo menos por enquanto, hehehe! Mas para finalizar bem escolhi San Andrés, um paraíso colombiano no Caribe. Essa ilha, localizada 800 km ao norte da costa da Colômbia, foi a nossa estada mais longa da viagem, onde relaxamos e curtimos a atmosfera, o ritmo e o mar caribenhos. Tentar descrever o clima desse local seria um gasto energético infrutífero, mas acredito que algumas fotografias que eu selecionei por último poderão ajudar na tarefa.
Acredito que não cheguei a mencionar nos posts anteriores, e se mencionei, repito, que ficamos hospedados afastados 10 minutos do centro de San Andrés, no povoado de San Luís, mais especificamente no Hotel Cocoplum. A Márcia e eu temos esse tendência de buscar lugares mais tranquilos, pois assim ficamos mais confortáveis. E o hotel, que está bem coladinho nas areias da praia de San Luís, é muito bacana, possui arquitetura caribenha, belos jardins, realmente um lugar muito agradável e de bons serviços.
E logo em nossa chegada fomos surpreendidos com um acontecimento insólito. Fomos testemunhas de um romântico casamento nas areias da praia, com direito a  marcha nupcial, entoada por uma banda local, muitas flores e convidados com roupas, camisas e vestidos coloridos! Parecia que nós tínhamos desembarcado em "Feitiço Havaino" (Blue Hawaii), famoso filme de Elvis da década de 1960, que termina com cenas de um casamento "nativo" do personagem Chad Gates. Os pombinhos também chamavam a atenção pela diversidade; ele, um havaiano de quase dois metros, e ela, uma jovem peruana, com seus um metro e sessenta de altura! Foi uma atração e tanto! Esperamos que eles estejam muito felizes!






Rocky Cay, avistada da praia de San Luís.



Outra experiência fantástica na ilha foram os mergulhos no mar "siete colores" de San Andrés. E não é piada não, pois o mar lá é maravilhoso, muito colorido, de ficar com o queixo caído! Os mergulhos foram orientados pela Buzos del Caribedive center com vinte anos de operações na região. Foram oito mergulhos fabulosos e emocionantes, que eu não esquecerei nunca na minha vida! O momento mais "fera" foi o mergulho de 30 metros de profundidade no paredão chamado Blue Wall, que desce até os 300 metros de profundidade. Alí eu consegui entender o significado da expressão deep blue! De quebra ainda encontramos um cação lixa deitado numa fenda e eu pude chegar do ladinho do tubarão; não queria mais nada! Faltaram fotografias das imersões, pois não tenho equipamento adequado para tal, mas a beleza da ilha já dá uma certa ideia do que é possível encontrar nas suas águas quentes. Algumas fotos que disponho foram gentilmente presenteadas a mim pela mergulhadora canadense Nancy Michaud. Embora a Márcia não seja mergulhadora scuba, ela fez uma sessão de snorkeling num dos dias, mesmo sentindo bastante frio, até mesmo em águas do Caribe! E ela gostou bastante!
A noite celestial de San Andrés!
A lancha da Buzos del Caribe. Javi, o simpático Divemaster que orientou as imersões.
Buzos del Caribe - guarda dos equipamentos.
Buzos del Caribe. O gerente e mergulhador Edon Fraile.

Preparação para uma das saídas de mergulho no "deep blue".

Sequência de fotos que recebi de presente da mergulhadora canadense Nancy Michaud.
O resto das memórias subaquáticas eu guardo na cuca!

Um nado junto ao cação-lixa em Blue Wall.





Um dos programas turísticos populares em San Andrés é o snorkeling com as arraias. Tratamos no próprio hotel uma saída para um final de tarde, que é o horário "marcado" com as arraias. O passeio consiste primeiramente num translado de lancha até os bancos de areia próximos dos recifes. Depois os participantes são convidados a saltar da lancha com água pelo peito. Um cabo é lançado e estendido na água para que os turistas agarrem-se nele e sejam rebocados por entre os recifes. No trajeto vão sendo largados pedacinhos de pão que atraem, literalmente, centenas de peixes para o entorno dos turistas. É um festival de cores e formas das diferentes espécies. A Márcia no começo ficou apavorada com a idéia, pois durante o reboque fica-se em águas com profundidades variando entre 5 e 6 metros, ou seja, não dá pé! Mas eu fui ao lado dela para dar apoio moral e terminou que ela curtiu bastante, embora ao final quase estive sofrendo de hipotermia! Tanto que depois ela nem voltou para a água. No segundo momento voltamos até o banco de areia. Então um moço nativo, muito familiarizado com o comportamento das arraias, atrai os animais para próximo da embarcação utilizando pequenos pedaços de peixe. Quando elas se aproximam ao nível da superfície ele as apanha pelas nadadeiras e larga, com carinho, para aqueles com coragem e disposição, sobre os braços dos turistas! Obviamente que eu, biólogo de profissão, fui um dos que experimentou esse contato com as arraias e, sinceramente, senti-me voltando aos tempos de infância, tamanha a alegria que aquela interação com os animais proporcionou-me. Um único cuidado era preciso ter, conforme fomos advertidos! As arraias possuem um ferrão poderoso em suas caudas e nunca se deve apanhá-las pelo posterior do animal, somente pela sua parte anterior. E, é claro, nunca se deve tentar isso sem a devida orientação e acompanhamento de pessoas experimentadas! A interação com animais selvagens é mais segura e tranquila se for feita de maneira passiva e contemplativa. E eu agradeço à Márcia pelas lindas fotos de recordação que ela tirou de mim, bem segura no interior da lancha, pois estava morrendo de medo das arraias que nadavam freneticamente entre as pernas dos turistas, hehehe!!!
Uma única furada em San Andrés! Se te convidarem para conhecer as lagoas internas da ilha, para ver as "babillas" (jacarés) que lá vivem, nem pense em fazer isso, pois é pura perda de tempo! Qualquer lago de parquinho é mais interessante do que as tais lagoas! E com guias informais acerte o preço do serviço antes de aceitar qualquer oferta. No mais é tudo 100%!



Visual "básico" de um  cayo ao redor de San Andrés.
Mais um pouco das brincadeiras com as arraias!
Red Crab, uma banda local de San Andrés que faz um som caribenho muito legal! Animaram as noites no Cocoplum!
Passeio no sul da ilha, visitando o Hoyo Soplador. Um orifício no recife costeiro que pode "cuspir" um jato de água de até 20 metros de altura. Nesse dia ele estava "apenas" soprando, como pode ser visto na foto! 
Márcia com meninos nativos, que compõem a população multiracial descendente de colonos ingleses, escravos africanos e índios nativos. Até hoje eles estudam num sistema inglês, inclusive adotando o idioma, mas também falam o espanhol. Esse é um dos aspectos culturais interessantes de San Andrés.

Ao final, quero deixar uma breve mensagem de agradecimento aos amigos do blog, aos visitantes, àqueles que acompanharam as nossas vivências ao lerem os relatos e apreciarem as fotos postadas. A Colômbia é um pais encantador, de muita diversidade cultural e história contundente, de grande riqueza em sua fauna e flora, e habitado por um povo muito acolhedor e amigo. Se você está com dúvidas em visitar a Colômbia, eu afirmo, esqueça seus temores e caia de cabeça nesse lindo país que possui muito a oferecer ao turismo mundial! Você só terá a ganhar e eles também. Esta é a mensagem que esperamos ter passado em nossos posts! Finalizo deixando um beijão para a minha esposa parceira e amada, pois sem ela a viagem não teria o mesmo encanto! Muito obrigado a todos.
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