sábado, 6 de novembro de 2010

Expedição Inti & Killa II - Décimo-sexto dia - 19/09/2010

Recordando, na véspera tínhamos chegado na cidade de Puno. Hoje passaríamos o dia embarcados para visitar o lago navegável em maior altitude no mundo, o Titicaca. O programa já estava acertado e logo cedo passaram no hotel para nos apanhar. Nossas visitas incluiam as comunidades indígenas das ilhas de Uros e da ilha Taquile. No início da viagem ao Peru também estivemos pensando em pernoitar na ilha Amantani para termos um pouco de vivência com o povo indígena local, mas ainda em Cusco resolvemos cortar em nome de mais um dia de estada naquela cidade.
No barco da excursão encontramos, só para variar, muitos turistas europeus. Mas logo no início fizemos amizade com um casal de brasileiros muito querido, Miriane e Paulo, de Cascavel, Paraná, com quem conversamos e divertimo-nos bastante durante todo o dia.
A primeira parte do passeio foi realizada nas ilhas flutuantes do povo Uros. Os Uros são um povo indígena de origem pré-incaica que, pelas explicações do nosso guia, passou a habitar essas ilhas flutuantes justamente para fugir da dominação dos Incas. As ilhas artificiais são feitas de "totora", uma erva aquática da família das Ciperáceas, conhecida popularmente no  Rio Grande do Sul como junco (Schoenoplectus californicus), porém não sei se da mesma espécie. De qualquer forma, a paisagem nas margens do lago povoado com essas plantas lembra, e muito, o querido Guaíba e a linda lagoa dos Patos!
Pois bem, as ilhas são feitas de nacos flutuantes de raízes de totora, amarrados cuidadosamente uns nos outros para constituir a base. Assim, seu tamanho pode ser aumentado ou diminuído conforme os interesses da comunidade. E se você não gostar de seus vizinhos, basta serrar o seu pedaço da ilha e partir para outro ponto do lago, hehehe! O piso é formado por sucessivas camadas das hastes da totora, dispostas longitudinalmente e transversalmente umas sobre as outras. As ilhas são ancoradas em rochas (16 metros de profundidade no caso da ilha visitada) para não serem arrastadas pelo vento lago adentro. O trabalho de manutenção é contínuo para compensar a decomposição natural das palhas da totora. As casas e barcos são construídas do mesmo material. Também as tenras bases das hastes de totora podem ser consumidas como alimento. Assim, esse povo milenar desenvolveu todo um modo de vida especial com base nessa erva aquática. Muito embora os Uros contemporâneos já possuam vários confortos da vida moderna, ainda assim foi possível ter uma boa idéia a respeito do seu modo de vida singular.

Com o casal Miriane e Paulo, de Cascavel, Paraná.








Com a foto da nossa sobrinha amada, Keka.
Ainda vamos arrastá-la para uma dessas viagens de aventura, hehehe!!! 

Um comentário:

Paulo Henrique disse...

hola ¿cómo estás?
Ficamo felizes que tanham gostado do nosso dia juntos, aqui tudo bem e vocês foram inspiração para próximas viagens. Espero que estejam bem, felicidades...

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