sábado, 21 de março de 2009

Patagón I – Visitando uma pinguineira I

Estamos em Puerto Madryn, sexta-feira, dia 10 de março de 2006. Até o momento já percorremos 3.170 km desde Porto Alegre e ainda não chegamos ao meio do trajeto da viagem. Em nossa programação tínhamos combinado para fazer dois dias de visitas na Península Valdés, mas terminamos discutindo isso melhor no grupo e resolvemos fazer uma alteração. Ficou sem sentido voltar e refazer novamente todo o trajeto de 400 km pela península, a não ser que estivéssemos em época de reprodução das baleias, o que permitiria realizar um passeio embarcado; porém, não era esse o caso. Como a perna seguinte da viagem seria de uns 900 km até Puerto San Julian, resolvemos tocar adiante com mais calma e dividir esse trajeto em dois, fazendo uma parada intermediária em Comodoro Rivadavia. Nesse caminho aproveitaríamos para visitar uma pinguineira.


A maior e mais famosa pinguineira continental está localizada em Punta Tombo, mas não foi para lá que rumamos! Por uma sugestão antiga de uma grande amiga, Odete Viero, experiente viajante da Patagônia, seguimos para a desconhecida Camarones, 340 km ao sul de Puerto Madryn, que também possui uma pinguineira, menor, porém, mais isolada.


Demos um adeus para Puerto Madryn por volta das 9:00 da manhã. Apesar da estada curta, a cidade foi muito agradável para todos! Antes de pegar a estrada abastecemos os veículos e verificamos a calibragem dos pneus. Tudo em ordem, voltamos para o asfalto. Começamos a rodar pela Ruta 3 e tão logo, 60 quilômetros ao sul, passamos por um importante aglomerado urbano, constituído por cidades fundadas por povos galeses, Trelew e Rawson. Seria muito interessante uma parada na região, pois essas cidades mantém fortes raízes culturais com a terra de origem dos colonizadores, mas teria que ficar para uma outra oportunidade. Detalhe um tanto triste foi passarmos próximos de um lixão na beira da estrada, o que causou uma má impressão pela falta de gerenciamento do problema. Embora a dificuldade não seja exclusiva dessa região, ou mesmo da Argentina, pois no Brasil temos lixões iguais ou piores, sempre fica uma ponta de frustração ao percebermos esse tipo de situação.


Deixando para trás Trelew e Rawson, começamos a percorrer um trecho solitário de uns 200 km através da Meseta de Montemayor, um imenso platô desértico que nos acompanharia até próximo da pequena Camarones.







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