domingo, 3 de janeiro de 2010

A caminho do Parque Queulat - 25/04/2009


Depois de um início meio fantasmagórico no "La Casona", no final das contas, tivemos uma ótima estada. O banho, pensando bem, foi um tanto cômico, pois tivemos que chamar mais de uma vez a gerente do hotel, a Ninoska, para acender a caldeira que apagava constantemente. Era uma ducha bem quentinha, seguida por um esguicho de arrepiante água gelada, brrrrr!!!. Mas bota gelada nisso, parece que baixava direto de um glaciar, hehehe! Porém, depois dos banhos tomados, e refeitos daquele dia de estrada com um happy hour improvisado, acompanhado de alguns petiscos e taças de vinho tinto, tínhamos que encontrar algo para jantar. Conseguimos a indicação de um restaurante caseiro próximo, a "Cocineria del Sur". E fomos até lá para conferir pois, provavelmente, naquele noite e época do ano, seria o único lugar para conseguirmos uma refeição. O pequeno restaurante, montado numa peça da casa da proprietária, estava bem cheio e com atmosfera aconchegante! De cara identificamos alguns frequentadores europeus numa das mesas, mas também havia outras duas mesas ocupadas por famílias do pessoal nativo. Dos pratos preparados no local, escolhemos merluza e salmão com papas fritas e ensalada. E para beber, umas gaseosas mais artificiais do que o saudoso K-Suco (para quem é do tempo, hehehe!!!). E o gosto dos refrigerantes era péssimo. Mais parecia sabor de desinfetante para banheiros, eecaaaa! Mas demos boas gargalhadas, hehehe. O Adriano e a Vera chegaram a guardar as latas das gaseosas para levar de presente para a coleção do primo Guga, pois aquilo era uma verdadeira raridade!!! Para compensar, os filés de peixe estavam muito saborosos e nos satisfizeram plenamente. De barrigas cheias, voltamos ao La Casona e tivemos uma ótima noite de sono.
No dia seguinte, 25 de abril, acordamos em clima de grande expectativa. Uma das atrações mais aguardadas na Carretera, o Parque Queulat, estava logo adiante em nosso caminho. Mas o dia amanhecera bastante nublado, com o topo das montanhas bem encoberto. O cartão postal do parque, o "Ventisquero Colgante", naquela condição, estaria encoberto.
Tomamos um delicioso café da manhã no hotel, arrumamos as tralhas e voltamos a rodar na Carretera, esperançosos que uma abertura no tempo permitisse o avistamento do glaciar.  No caminho paramos para tirar fotos de plantas com folhas imensas, pertencentes ao gênero Gunnera, conhecidas por aqui com o nome de "urtigão-da-serra". Essas plantas da flora andina, que também ocorrem na região dos canhões entre o Rio Grande do Sul e Santa Catarina, são uma prova das relações históricas existentes entre a nossa flora e a flora andina (ainda lembro das aulas de fitogeografia ministradas na UNISINOS pelo Dr. Albano Backes!!!). Também vimos belos brincos-de-princesa, do gênero Fuchsia, que ocorrem no RS e foram instituídas flor símbolo do Estado.
Finalmente, no caminho começamos a avistar algumas aberturas na cobertura das nuvens, deixando aparecer lentamente o céu azul que estava acima do telhado plúmbeo. A sorte começava a sorrir para nós!



Márcia, apreciando as imensas flores do urtigão-da-serra.


Brincos-de-princesa enfeitam as margens da Carretera Austral.


Aberturas na cobertura das nuvens nos deram esperanças de avistar a principal atração do Parque Queulat - o Ventisquero Colgante!
Posted by Picasa

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