quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Expedição Inti & Killa – Décimo-primeiro dia de viagem – 14/09/2010

No décimo-primeiro dia de viagem programamos a visita ao Vale Sagrado dos Incas. Começando muito cedo na manhã, percorremos ao longo de um dia completo um trajeto de aproximadamente 200 km para a visitação dos sítios arqueológicos. Nem todos, diga-se de passagem, pois existem muitos. Nossas visitas abrangeram a cidadela de Pisaq, o pueblo de Urubamba (parada para almoço), Ollantaytambo, última cidade Inca antes de Machu Picchu, e Chinchero, muito famosa por sua feira de artesanatos.

 Pisaq.

Pisaq.

 Restaurante em Urubamba.

Um "lanchinho" natural entre as visitas!

 Ollantaytambo. Detalhe da multidão de turistas que visita os sítios arqueológicos.

  Ollantaytambo.

  Ollantaytambo.

 Ollantaytambo.

 Processo de produção dos têxteis. Chinchero.



 Feira de artesanato. Chinchero.


domingo, 26 de setembro de 2010

Expedição Inti & Killa – Décimo dia de viagem – 13/09/2010

Recordando, estávamos bem instalados no Hostal El Andariego e  não fizemos deslocamentos pela cidade com o “Tracker Chumbo”, ficando o mesmo bem guardadinho no estacionamento do hotel. O trânsito na cidade é muito agitado e preferimos montar a “base” em Cusco e  programar os passeios com a orientação de uma agência de turismo de aventura, a Mistical Palt Adventure – reservas@misticalpaltcuzco.com – Calle Santa Tereza, 381 - Cusco, indicada pelo próprio hotel. Escolher uma agência confiável é muito importante, pois existem opções que podem ser a solução para a realização dos seus sonhos ou a transformação deles num baita pesadelo. Felizmente, tudo correu muito bem com a Mistical Palt e, em poucos dias de permanência na cidade, conseguimos otimizar todas as visitas que pensávamos em fazer.
No dia 13 pela manhã passeamos na Plaza Mayor, conhecendo o exterior da Catedral e algumas ruas do centro da cidade. À tarde fizemos o nosso primeiro programa, o city tour em Cusco, com visitas guiadas ao Qoricancha – o Templo do Sol, Sacsayhuaman – a cabeça do puma, um misto de  fortaleza e local de cerimônias religiosas, Qenqo – outro local de cerimônias religiosas e mumificações, Pucapucara – uma modesta fortaleza de rocha avermelhada e Tambomachay – fontes de água que constituíram possível local de descanso e para a realização de cerimônias da água.
Eu não pretendo me alongar nas descrições históricas, até mesmo porque não tenho esse conhecimento. Percebi que os guias de viagem apresentam alguns pontos divergentes sobre cada um desses sítios arqueológicos, assim como para os que foram visitados nos dias que se seguiram. No trabalho dos guias de turismo, muito competentes por sinal, acredito que também existem as versões  particulares, com ênfase em determinados aspectos que cada profissional julga ser mais importante. Desta forma, a melhor informação seria a consulta em fontes acadêmicas para obter a versão mais fidedigna a respeito de cada local. Certamente, uma grande dificuldade para o estudo da civilização dos Incas reside no fato de não terem desenvolvido seu sistema de escrita, predominando a oralidade como forma de transmissão do conhecimento. Assim, muito do que se sabe a seu respeito está amplamente baseado nos relatos apontados por cronistas que chegaram no período da invasão espanhola.
Sobre o que eu posso falar: as minhas impressões pessoais sobre as visitas. Em primeiro lugar fiquei surpreso com o tamanho de Cusco, uma grande cidade que abarca todos esses sítios arqueológicos. Talvez eu tivesse uma visão, digamos, ingênua, sobre a extensão dessa cidade e a localização das ruínas. Muitos dos monumentos e sítios arqueológicos estão mesclados com a malha urbana colonial e moderna da cidade. Em segundo lugar fiquei impressionado com a quantidade de turistas que visitam os sítios arqueológicos, quer sejam peruanos, sulamericanos e, principalmente, europeus, estadunidenses, asiáticos e outros tantos de nacionalidades que não soube identificar. Parece-me que, em termos de turismo em sítios arqueológicos e históricos, não encontraremos rivais no Ocidente e somente as pirâmides do Egito, no hemisfério oposto, superariam essas maravilhas legadas pela civilização Inca! Até o próximo post.

Plaza de Armas - Cusco. Vista de Sacsayhuaman.

 Sacsayhuaman.

 Sacsayhuaman.

Sacsayhuaman. Como conseguiram movimentar e encaixar perfeitamente essas rochas colossais?

Pucapucara.

 Tambomachay.

Tambomachay.

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Expedição Inti & Killa II - O caminho percorrido em dezoito dias

Já estamos avançados em nossa etapa final da viagem. Amanhã devemos ingressar no Brasil. Nestes últimos dias acrescentamos uma "pimentinha" em nossa viagem. De última hora alteramos o  trajeto de retorno, o qual previa a volta pelo norte do Chile, repetindo o trajeto de ida. Seria um tanto aborrecido, então resolvemos incluir a Bolívia em nosso caminho. A viagem planejada já é uma aventura em sí, mas entrar no país vizinho  foi uma aventura dentro da aventura. Não vou poder contar todos os detalhes no momento, mas muita coisa interessante aconteceu nesses dois dias de Bolívia. Agora já estamos na Argentina, no Chaco, em Presidencia Roque Saenz Peña, uma cidade que surpreendeu pela sua estrutura. Deixo o mapa do nosso trajeto atualizado até o dia 21 e mais adiante vamos acertando os posts com as fotos e mais detalhes da viagem. Valeu!!!


domingo, 19 de setembro de 2010

Expedição Inti & Killa II - O caminho percorrido em quinze dias

Pessoal, estamos postando mais um mapinha do nosso deslocamento. Ontem chegamos na cidade de Puno, junto ao lago Titicaca. No total já rodamos 4.995 quilômetros e amanhã, bem cedinho, começaremos uma nova etapa da viagem, o regresso ao Brasil. Nos próximos dias postaremos informações e fotos dos dias anteriores. Saudações a todos!


quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Expedição Inti & Killa – Sétimo, oitavo e nono dias de viagem – 10, 11 e 12/09/2010


No dia 10, sexta-feira, acordamos bem cedo e visitamos a Igreja de São Francisco e a Catedral de Arequipa na primeira metade da manhã. Um pouco antes das 11 horas partimos do hotel e começamos o deslocamento para o “cañadon del Colca”, um dos principais pontos da nossa viagem. O trajeto na estrada foi tranquilo, estacionamos diversas vezes para fazer fotografias, visitamos o centro de interpretação ambiental da Reserva Nacional Salinas e Aguadas Blancas e paramos no “Mirador de Patapampa”, a 4910 metros de altitude, para avistar os vulcões da região. Chegamos em Chivay, o ponto de ingresso no Colca, mais ao final da tarde. Para ingressar no vale é necessário pagar um ingresso de 35 soles (~ 25 reais). Feito isso seguimos pelo lado esquerdo do cañadon, o mais visitado, sempre parando nos miradores para fazer fotografias. Nesta época do ano o vale não está tão exuberante, como tínhamos visto em sites e guias, pois é uma época seca e de preparo da terra. Ainda assim, os patamares de cultivo são incríveis e ficamos maravilhados com tanta beleza da natureza e da mão do ser humano. Tantas paradas ao longo do trajeto resultaram em atraso considerável e chegamos em Cabanaconde já era noite. Demoramos para achar a entrada do povoado, pois o acesso principal estava fechada para obras, e isso causou um certo aborrecimento e preocupação, pois chegamos a pensar em voltar no caminho e procurar pouso em outro vilarejo. Mas graças a um senhor que encontramos na estrada descobrimos que havia um acesso secundário e  para lá seguimos, conseguindo chegar no povoado. Achar um lugar para pernoitar não foi muito difícil, até mesmo porque não existem muitas opções disponíveis na localidade. Acomodados, jantamos no restaurante do hostal e marcamos nosso café para 6:30 no dia seguinte.
No dia 11, sábado, partimos de Cabanaconde às 7:00 horas da manhã, buscando chegar bem cedo no mirante “Cruz del Condor”. Chegamos lá antes das 8:00 horas e sobre esta parte eu vou deixar que as fotos dos condores falem por sí!
Após a vibrante passagem pelo mirante e o avistamento dos condores, tivemos um belo retorno pelo cânion e no meio da tarde já estávamos instalados num hotel em Chivay. Optamos por um descanso na parte da tarde, pois vários dias de viagem na estrada exigiram bastante de nossos organismos, bem como pelos efeitos da altitude.
No dia 12, domingo, voltamos a acordar bem cedo para sair logo às 7:00 horas da manhã. Não foi uma noite boa para mim. Tive fortes dores de cabeça e dormi muito mal. O sistema digestivo também não estava no funcionamento normal. Vou parar por aí para poupá-los de detalhes sórdidos!!! A Márcia, graças à Deus, passava bem. E para ajudar, descobri que teríamos que aumentar em 200 km o deslocamento até Cusco, pois a estrada de rípio que eu pensava utilizar não foi recomendada por ninguém. Deveríamos voltar pelo trajeto já percorrido e tomar o asfalto, foi isso o que todos me disseram. Bem, como estamos “solo”, resolvemos não arriscar e seguimos o conselho dos locais. Então o domingo foi um dia de deslocamento. No estado que eu estava nem senti vontade de fotografar no caminho, embora existam várias paisagens bonitas no trajeto. Como a estrada passa frequentemente por serras, e a Márcia não fica muito à vontade nessa condição, tive que tocar os mais de 600 km até Cusco para  chegarmos no final da tarde, por volta de 17 horas. Entrar dirigindo em Cusco também é uma parada, hehehe!!! Começa que uns 200 quilômetros antes de Cusco existe um povoado colado no outro e é preciso tomar muito cuidado com crianças, animais na pista, bicicletas e os transportadores locais. Entrando na cidade o trânsito é pesado, mesmo sendo domingo. Ainda bem que nós temos uma boa escola no Brasil, assim, estamos conseguindo sobreviver nessas passagens urbanas.
Também torcemos para que a nossa opção de hospedagem tivesse vagas. Como não é uma época de altíssima temporada, não fizemos reservas, assim, sempre existe o risco de darmos com a “cara na porta”! Mas, felizmente, chegamos no Hostal El Andariego, a primeira opção, e tinha vagas. Fomos muito bem recebidos e brasileiros aqui são muito estimados. Também é um ótimo local de hospedagem, bem situado no centro histórico, e conta com garagem, algo muito importante para nós. Saudações aos que nos acompanham!
 



























Expedição Inti & Killa – Sexto dia de viagem - 09/09/2010


No sexto dia de viagem nos encontrávamos em Arequipa. Após um maravilhoso café no hotel, fomos para as “calles” preparados para pernear durante todo o dia pelo centro histórico. Esta é a melhor forma de se conhecer uma cidade: caminhando. Fizemos a primeira escala no Monastério de Santa Catalina, o principal monumento religioso do Perú. Optamos pela visita guiada, pois a área física do monastério é imensa, constituindo-se numa cidade dentro de outra cidade. E foi ótimo, pois abrilhantou de maneira soberba a visita. Inclusive para a nossa surpresa, dentre as várias línguas faladas pelas guias, o francês, o alemão, o italiano, o inglês, estava incluído o português, em especial para atender aos portugueses, pois os brasileiros não são tão frequentes por aqui, conforme nos confidenciou Pilar, a nossa guia. Terminamos por ficar mais de três horas visitando a construção. Além da própria história do local e da clausura imposta pelo regime religioso, o que mais nos impressionou foi o estilo de vida medieval vivido por essas freiras, durante séculos e séculos. Normalmente as segundas filhas de famílias abastadas eram destinadas para a vida no convento, ingressando com a tenra idade de seis anos, constituindo-se num orgulho para a família. E nunca mais veriam o mundo externo ou seriam vistas por seus parentes.. No noviciado permaneciam durante quatro anos encerradas em suas celas até a sua confirmação.  Suas práticas incluíam acordar às quatro horas da manhã, todos os dias, horar e meditar por pelo menos sete horas durante o dia, jejuar, praticar o silêncio e inclusive o autoflagelo para a redenção dos pecados. Algo impressionante se avaliado pelos valores de nossos dias! Mas ainda que eu tente falar sobre esta história, será muito pouco, pouco, mesmo, diante de tamanha riqueza de detalhes.
Depois de tanta fartura cultural, estávamos esfomeados cansados. Fomos procurar um lugar para descansar e almoçar. Escolhemos o Ary Quepay, um tradicional restaurante familiar, localizado na calle Jerusalén que serve pratos típicos do Perú com preços mais acessíveis!
Após o almoço, revigoradas as energias, fomos ao Museu Santuários Andinos, conhecer “Juanita”, uma das mais importantes múmias resgatadas no cume do vulcão Ampato para estudo. Seu estado de conservação ímpar permitiu e ainda permite uma série fabulosa de estudos antropológicos e biológicos sobre a cultura inca. Nesta visita, acompanhada por guia do museu, não pudemos fotografar, pois não é permitido.
Mais uma circulada pela lindíssima Plaza de Armas e em algumas ruas da cidade e terminou-se o nosso dia. Voltamos para o hotel muito cansados, porém encantados com o que pudemos conhecer da interessante Arequipa.











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segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Expediçao Inti & Killa II - roteiro dos ùltimos dias

Pessoal, està difìcil de postar alguma coisa em virtude da deficiëncia na internet em alguns lugares por onde passamos.Ontem chegamos em Cusco e já tenho alguns posts prontos e fotografias para publicar. Por agora deixo o mapinha com o nosso trajeto dos últimos dias. Saudaçoes a todos! (P.S.: nao acho o cedilha nesses teclados, hehehe!).

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Expedição Inti & Killa II - Quinto dia

Dia 08 de setembro de 2010. Era o dia do ingresso no Perú. Depois de milhares de quilômetros estávamos chegando em nosso destino. Pela manhã tomamos nosso café e partimos de Arica às 8:33 da manhã. O pessoal do hotel foi muito atencioso e também nos deu uma dica legal para sairmos da cidade e voltarmos para a Panamericana. Paramos e fizemos um último abastecimento ainda no Chile para depois tocar para a fronteira.
Dia de fronteira é dia de tensão. Para mim é! Nunca se sabe bem o que esperar no atendimento dos fiscais. Colocamos na mente que teríamos sorte e tudo andaria bem. Na aduana chilena foi fácil. Já tinha uma dica importante de Álvaro & Adelaide sobre um formulário de passageiros que seria exigido nos trâmites. Subi ao segundo piso da aduana e numa  pequena cafeteria que lá existe comprei os formulários necessários. Daí foi só preencher e passar na imigração e aduana para fazer a saída do veículo. Tudo certo. Seguimos em frente  para a aduana peruana. Daí a coisa complicou!
Embora os fiscais peruanos tenham sido atenciosos e solícitos, o trâmite aduaneiro é confuso. São necessárias muitas verificações com diversos fiscais, carimbos, vistorias e vai e voltas que parecem não acabar mais!!! Além disso tivemos que desembarcar as malas do carro e passar nos scaners de bagagem.  Fizemos tudo o que tinha que ser feito, mas no final eu estava me sentindo, literalmente, zonzo! Ao todo, saindo do Chile e entrando no Perú, gastamos umas duas horas e meia. Isso que não tinha muita fila de atendimento! Mas valeu todo o esforço. Conseguimos! Aproveitamos uma agência bancária na própria aduana para fazer câmbio e pegar os "soles" peruanos. 
Seguimos então na direção de Arequipa, onde chegamos no meio da tarde. O trânsito na cidade é "hard", com muitos táxis correndo de um lado para o outro e buzinando o tempo todo, mas ninguém nos acertou e não acertamos ninguém, felizmente. Chegamos e tivemos sorte, pois no primeiro local de hospedagem nos acertamos, o hostal La Casa de mi Abuela, provavelmente dos melhores em termos de custo/benefício e muito elogiado nos guias de viagem. Quem vier para cá, nós também recomendamos! Até o próximo post.



La Casa de mi Abuela à noite - Arequipa.

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Expedição Inti & Killa II - Quarto dia

Dia 07 de setembro de 2010. Feriado no Brasil. Dia de estrada para nós. Saímos de San Pedro de Atacama às 8:00 horas, em princípio com previsão de seguirmos para Iquique. Até Calama a estrada é bonita, passando pelas "Cordilleras de La Sal e Domeyko". Mas depois de Calama e a mina de Chuquicamata é um retão muito desértico e desolador, sem qualquer tipo de vegetação aparente. Se o céu fosse vermelho, eu diria que estávamos em Marte! Seguimos até Tocopilla ladeados por grandes redes de transmissão energética que acompanham a estrada. Chegando no Pacífico a paisagem mudou radicalmente. Até Iquique seguimos entre o oceano e a cordilheira costeira, muito bonita, ainda que houvesse uma névoa úmida na atmosfera, algo comum na região pelo que soube. Chegamos em Iquique no meio da tarde, uma cidade grande, bastante turbinada pela sua zona franca. 
Mas alterando os nossos planos, resolvemos abastecer o "Tracker Chumbo" e seguir até Arica. Isso implicou em pegar a noite na estrada, algo que eu evito sempre. Porém deu para ir com uma certa tranquilidade, turbinados por uma lata de "Red Bull" para aguentar mais  quilômetros de estrada. Chegamos em Arica já era noite e demoramos um  tanto para nos orientar na cidade e achar um hotel. Depois de um certo stress, conseguimos uma boa hospedagem com garagem, o hotel Plaza Colón. Como já era tarde, saímos direto para jantar. Voltamos para o hotel, tomamos o nosso banho e caímos mortinhos na cama. No outro dia faríamos o ingresso no Perú!!!

Subindo a "Cordillera de La Sal".

Mirador. Ao fundo avista-se Calama.

A paisagem é árida e desoladora até Tocopilla.



Enfim, o Pacífico!

A estrada segue entre a cordilheira costeira e o oceano.


Uma das serras que enfrentamos depois de Iquique, a linda Cuesta de Chiza.

Gritei para a Márcia: "Olha os geoglífos!!!"

Geoglífos de Chiza.

Manhã do dia 08/09. Bati esta foto para homenagear os 
nossos amigos motociclistas que já se aventuraram nessas paragens.



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