domingo, 31 de janeiro de 2010

Chegando em Puerto Aysén - 25/04/2009


Fiquei alguns dias sem escrever, talvez pelo cansaço ocasionado durante a cobertura das férias dos meus colegas de trabalho e, quem sabe também, pelo calor intenso que faz em Porto Alegre.  Nesse período também acompanhamos o drama dos milhares de turistas que ficaram presos em Aguas Calientes, no acesso a Machu Pichu, em virtude das fortes chuvas que caíram na região. Mas agora à noite corre uma brisa aqui em casa e está agradável para escrever um pouco. Vamos lá de novo!

Depois de percorrermos lindos trechos de rípio pela Carretera Austral, ao sul do Parque Queulat, finalmente encontramos o asfalto. O visual continuou fantástico, com a bela floresta temperada emoldurando as encostas e a neve recobrindo o cimo das montanhas. E a temperatura não estava das mais baixas, bastando uma jaquetinha polar para se aquecer nas descidas para as fotografias.
Por sugestão do Adriano fizemos uma alteração em nosso roteiro. Inicialmente havia feito nossa programação para atingirmos a capital regional, em Coyhaique, mas alteramos nosso destino para Puerto Aysén. Situada às margens do rio Aysén, é a segunda cidade em atividade econômica na região. Também fiquei interessado na sugestão porque em 2007 Puerto Aysén sofreu um terremoto com magnitude  6,2º na escala Richter. O sismo foi acompanhado de um tsunami, com fortes ondas que chegaram a mais de 6 metros de altura!
Pois bem, chegamos na cidade mais para o final da tarde. Logo na entrada tratamos de abastecer os carros para encarar o trecho do dia seguinte e depois demos uma circulada pelo centro. Rapidamente localizamos o escritório de turismo e paramos para perguntar sobre as acomodações disponíveis na cidade, o que é uma prática regular em todas as nossas viagens. Na Plaza de Armas, do outro lado da rua, chamou a minha atenção a placa que indica a rota de fuga dos tsunamis, prova de que a coisa foi feia por aqui em 2007.  Bati uma foto para guardar de recordação. Das opções sugeridas pela simpática atendente no escritório de turismo, escolhemos ficar nas Cabañas Queitao, próximas da entrada da cidade, supermercado e a 5 minutos do centro da cidade.
À noite, depois do merecido banho, saímos para jantar. Por se tratar de uma cidade portuária, o cardápio que a turma queria era pescado. Embora fosse sábado, algumas das indicações de restaurantes que tínhamos estavam fechadas. Um que encontramos aberto, depois de já estarmos acomodados à mesa, só servia parrillada. Tivemos que levantar, agradecer e seguir procurando. Por fim chegamos num restaurante com ar bastante clássico, o Isla Verde. Foi aí a nossa parada. Regado por um saboroso pisco sour e cerveja, batemos um ótimo papo com os amigos e saboreamos os deliciosos pratos à base de peixe servidos na casa. Foi o término perfeito para aquele 25 de abril de 2009!




domingo, 17 de janeiro de 2010

Na Carretera Austral - 25/04/2009



Depois da visita ao Ventisquero Colgante, seguimos guiando para o sul pela Carretera Austral, ainda em trechos do Parque Queulat. Estava totalmente feliz e realizado com a bela paisagem das montanhas e com o visual do glaciar e de outros no cume das montanhas. Nessa região, muito propensa às mudanças bruscas nas condições do tempo, não seria improvável que na hora da visita ao parque estivesse chovendo ou muito nublado no cimo das montanhas, impedindo que o ventisquero fosse visto. Mas a sorte brilhou para nós e nesse dia e nos demais que se seguiram vimos paisagens fabulosas na Carretera.
Desfiz completamente a má impressão do trecho inicial da Carretera, entre La Junta e Puyuhuapi, quando enfrentamos muitas obras, barro e os impactos ambientais nas margens da rodovia. A bem da verdade, a Carretera será toda asfaltada. É a vontade do Governo Chileno e, acredito eu, das pessoas que moram por aqui. Transitar por esta estrada, mesmo em suas melhores condições, é sempre uma aventura. Imagine quando o tempo está ruim?! E quando escrevo estas linhas já se passaram 9 meses da nossa expedição. Provavelmente o trecho ruim por onde passamos já deve estar pronto. Mas isso não tira todo o brilho da paisagem e da natureza que rodeia a região, pois aqui tudo é deslubrante.
Deixo um link para um VÍDEO de dois minutos de duração mostrando a condução no trecho da Carretera Austral dentro do Parque Queulat. Neste, até a Márcia se soltou nos comentários!











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segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

Ventisquero Colgante - 25/04/2009

A visita ao Parque Queulat foi fabulosa, pois conseguimos avistar o belo Ventisquero Colgante em toda a sua imensidão. Fizemos o nosso ingresso no Queulat com os guardaparques e caminhamos até o mirador do glaciar. Ficamos maravilhados com a visão da geleira entre as montanhas, emoldurada pela floresta que a circundava. Depois da visão do mirador, percorremos uma trilha curta que nos levou até a Laguna dos Tempanos, onde a visão do glaciar foi fantástica. Publico mais umas fotos da geleira e deixo um link - http://www.youtube.com/watch?v=iZzuNBdHtS0 com um vídeo do nosso passeio no Parque.










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quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

Parque Queulat - 25/04/2009


Depois da expectativa no início do dia, quando um céu nublado ocultava o cume das montanhas, vimos as primeiras aberturas que nos devolveram a esperança de avistarmos o "Ventisquero Colgante". Seguimos pela Carretera até avistarmos uma placa que indicava a entrada do Parque Queulat. Saímos da ruta principal e começamos a  percorrer uma estradinha de acesso, com bosques de Nothofagus ladeando o caminho. A visão era limitada pela copa das árvores, mas eu seguia com um olho na estrada e outro na direção das montanhas. Mais alguns metros e consegui visualizar, por entre galhos, uma mancha de forte tonalidade azul; e foi tomando forma, agora inconfundível, sem espaço para quaisquer dúvidas, o Ventisquero Colgante! Que alegria, um estado de êxtase, depois de milhares de quilômetros de estradas; estava alí, diante de nossos olhos, um imenso monolito de gelo, pendurado no vale formado entre duas montanhas, estava ali para o deleite de nossa expedição o glaciar!








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domingo, 3 de janeiro de 2010

A caminho do Parque Queulat - 25/04/2009


Depois de um início meio fantasmagórico no "La Casona", no final das contas, tivemos uma ótima estada. O banho, pensando bem, foi um tanto cômico, pois tivemos que chamar mais de uma vez a gerente do hotel, a Ninoska, para acender a caldeira que apagava constantemente. Era uma ducha bem quentinha, seguida por um esguicho de arrepiante água gelada, brrrrr!!!. Mas bota gelada nisso, parece que baixava direto de um glaciar, hehehe! Porém, depois dos banhos tomados, e refeitos daquele dia de estrada com um happy hour improvisado, acompanhado de alguns petiscos e taças de vinho tinto, tínhamos que encontrar algo para jantar. Conseguimos a indicação de um restaurante caseiro próximo, a "Cocineria del Sur". E fomos até lá para conferir pois, provavelmente, naquele noite e época do ano, seria o único lugar para conseguirmos uma refeição. O pequeno restaurante, montado numa peça da casa da proprietária, estava bem cheio e com atmosfera aconchegante! De cara identificamos alguns frequentadores europeus numa das mesas, mas também havia outras duas mesas ocupadas por famílias do pessoal nativo. Dos pratos preparados no local, escolhemos merluza e salmão com papas fritas e ensalada. E para beber, umas gaseosas mais artificiais do que o saudoso K-Suco (para quem é do tempo, hehehe!!!). E o gosto dos refrigerantes era péssimo. Mais parecia sabor de desinfetante para banheiros, eecaaaa! Mas demos boas gargalhadas, hehehe. O Adriano e a Vera chegaram a guardar as latas das gaseosas para levar de presente para a coleção do primo Guga, pois aquilo era uma verdadeira raridade!!! Para compensar, os filés de peixe estavam muito saborosos e nos satisfizeram plenamente. De barrigas cheias, voltamos ao La Casona e tivemos uma ótima noite de sono.
No dia seguinte, 25 de abril, acordamos em clima de grande expectativa. Uma das atrações mais aguardadas na Carretera, o Parque Queulat, estava logo adiante em nosso caminho. Mas o dia amanhecera bastante nublado, com o topo das montanhas bem encoberto. O cartão postal do parque, o "Ventisquero Colgante", naquela condição, estaria encoberto.
Tomamos um delicioso café da manhã no hotel, arrumamos as tralhas e voltamos a rodar na Carretera, esperançosos que uma abertura no tempo permitisse o avistamento do glaciar.  No caminho paramos para tirar fotos de plantas com folhas imensas, pertencentes ao gênero Gunnera, conhecidas por aqui com o nome de "urtigão-da-serra". Essas plantas da flora andina, que também ocorrem na região dos canhões entre o Rio Grande do Sul e Santa Catarina, são uma prova das relações históricas existentes entre a nossa flora e a flora andina (ainda lembro das aulas de fitogeografia ministradas na UNISINOS pelo Dr. Albano Backes!!!). Também vimos belos brincos-de-princesa, do gênero Fuchsia, que ocorrem no RS e foram instituídas flor símbolo do Estado.
Finalmente, no caminho começamos a avistar algumas aberturas na cobertura das nuvens, deixando aparecer lentamente o céu azul que estava acima do telhado plúmbeo. A sorte começava a sorrir para nós!



Márcia, apreciando as imensas flores do urtigão-da-serra.


Brincos-de-princesa enfeitam as margens da Carretera Austral.


Aberturas na cobertura das nuvens nos deram esperanças de avistar a principal atração do Parque Queulat - o Ventisquero Colgante!
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